COMÉRCIO

Expectativa alta para vendas de fim de ano

Levantamento da Fecomércio aponta para pico de vendas do ano concentrado em dezembro, apesar da persistência dos efeitos econômicos da crise sanitária

Reprodução

Se depender do crescimento do índice de intenção de consumo verificado em novembro na capital maranhense, a aposta para as vendas de fim de ano é também de evolução  apontando para uma recuperação das vendas afetadas pela pandemia causada pela Covid-19.

De acordo com o estudo realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA), a perspectiva de consumo do ludovicense apresentou um crescimento mensal de +2,0%, puxado pela avaliação sobre a perspectiva profissional (+7,4%) e condições da renda atual das famílias (+3,3%). Os resultados positivos são reflexos da aceleração da recuperação do mercado de trabalho, que em outubro obteve um saldo de 1.918 empregos formais em São Luís, sendo somente o comércio responsável pela geração de 1.033 postos de trabalho com carteira assinada no mês. Com isso, os números vêm causando um efeito positivo sobre a avaliação do consumidor sobre a sua capacidade de renda e refletindo na evolução da intenção de consumo mês a mês.

Segundo a Fecomércio, a perspectiva é que o comércio local mantenha a tradição de ter dezembro como o mês de maior concentração do volume de vendas, embora o impacto da pandemia ainda seja visível em todos os setores da economia.

“Desde a flexibilização e reabertura das atividades econômicas no mês de julho, o comércio de São Luís vem conseguindo subir degrau a degrau da escada da recuperação econômica. Alguns setores estão conseguindo trilhar esse caminho de volta de forma mais acelerada, outros ainda enfrentam dificuldades. No entanto, acreditamos que o mês de dezembro ampliará o alcance desses resultados positivos sobre as vendas para um número muito maior de segmentos comerciais”, explica o Superintendente da Fecomércio, Max de Medeiros.

 Comércio em alta

O levantamento do índice de intenção de consumo das famílias (ICF), que é medido mensalmente pela Fecomércio, marcou em novembro 49,6 pontos, o melhor resultado desde a retomada do comércio em julho, quando o índice era de 47,8 pontos. Apesar disso, quando comparado com dezembro de 2019, o indicador de otimismo do consumidor apresenta uma variação negativa de -44,3%, demonstrando que a pandemia ainda é um desafio para o setor empresarial atrair de volta a confiança do ludovicense.

A pesquisa mostra também que a tendência para as vendas de fim de ano deverá seguir no caminho dos produtos com valores mais baixos. Enquanto no ano passado a intenção de gastos crescia +6,5%, este ano a avaliação do consumidor para a compra de produtos com valor agregado mais alto e bens duráveis recuou -12,0%.

Para a Fecomércio, a lista de presentes deste ano deverá estar concentrada nos artigos de vestuário e acessórios, brinquedos, itens de perfumaria e calçados. “O perfil do consumidor será mais moderado com os gastos em função do cenário de incertezas. Além disso, temos um nível de endividamento que bate recorde nos nossos indicadores, pressionando o aumento da inadimplência em São Luís. Isso tende a afetar o nível dos gastos. Mas a boa notícia é que temos um consumidor que aos poucos vai recuperando essa confiança no consumo e dezembro será um mês importante para o comércio local”, finaliza o superintendente.

O perfil do consumidor será mais moderado com os gastos em função do cenário de incertezas

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