A nova diretoria do Moto, eleita na noite da última quinta-feira (21), ainda não se reuniu para traçar o planejamento estratégico do próximo ano, mas já antecipou as metas que pretende atingir no primeiro momento. A primeira delas é fazer um recadastramento dos conselheiros e exigir a participação der todos, com ideias e atitudes capazes de ajudar o presidente do Conselho Diretor a administrar o clube, que no momento necessita de parcerias com investidores fortes em 2020, quando a equipe vai disputar o Estadual, a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro (Série D).

A segunda é o acesso à Série C, abrindo o caminho para a B em 2022. E a terceira, aumentar o número de sócios-torcedores. Uma coisa os dirigentes são sabedores.
Tudo isso só será possível com apoio para montagem de grandes equipes, consequência da união e de muito trabalho coletivo.

Escolhido para “comandar o barco” por mais dois anos, o presidente Natanael Júnior revelou-se otimista no dia em que foi aclamado, e disse estar pronto para enfrentar os próximos desafios, mesmo sabendo que não será fácil agradar uma das maiores torcidas da região Norte/Nordeste.

A reportagem foi direta ao assunto ao relembrar momentos idênticos vividos por ex-presidentes do clube:

O Imparcial: Tem se tornado bastante repetitivo no Moto, no dia da posse todos prometerem ajuda, mas pouco tempo depois a situação é bem diferente. Será que isso vai mudar?

Natanael: Acredito que sim. Vejo que todos estão motivados e havia muitas sugestões para que acontecesse essa renovação, então, estamos desde já compromissados em trabalhar conjuntamente para que o Moto cresça e atinja seus objetivos.
Não vamos aqui esquecer a valiosa ajuda que tivemos e que esperamos continuar tendo dos mais antigos.

Como está hoje a situação financeira do Moto Club?

Temos nossos problemas, como existem em outros clubes deste país, mas contamos com uma receita que possa nos deixar trabalhar com os pés no chão, montando uma equipe competitiva, quando vamos disputar três competições no primeiro semestre.

Além das quotas da Copa do Brasil, o Moto tem promessa de apoio de outros patrocinadores?

Sim, estamos negociando com alguns investidores e bastante otimistas. Acredito que tudo vai dar certo e o Moto conseguirá obter êxito nessa sua nova caminhada que agora começa com muita disposição. Também passa por nossos planos o aumento do quadro de sócios-torcedores e o apoio às categorias de base.

O que vai mudar do modelo de sua administração atual para a que vai recomeçar agora?

Nosso objetivo é unificar o Moto Club. Com os três conselhos atuando em conjunto, não há dúvida que o clube será fortalecido cada vez mais. Desde já estamos aqui de braços abertos.

Reunião na última sexta-feira de cada mês

O novo presidente do Conselho Deliberativo, Luís Carlos Matos Almeida, concorda que entre as mudanças que o Moto terá de fazer a partir de agora, está a participação dos conselheiros.

O Imparcial: Como será possível reunir todo esse pessoal que está ausente há vários anos?

Vamos ter de fazer um recadastramento, aliás, já conseguimos localizar alguns, e eles já preencheram os espaços, de modo que precisamos saber de endereço, telefone ou qualquer meio que possamos localizar mais de uma centena de conselheiros, dos quais apenas 21 compareceram a essa eleição.

Como e quando serão esses encontros?

Já ficam todos avisados que na última sexta-feira de cada mês haverá uma reunião dos conselheiros para discutirmos a vida administrativa do Moto, anotarmos os problemas, ouvirmos sugestões, enfim, buscarmos soluções. O Deliberativo não é só daqueles que foram eleitos. Todos têm que participar.

E o que ocorrerá com aqueles que não prestigiarem essas reuniões?

Bom, nossa intenção é conquistar cada vez mais motenses que desejam participar da administração do clube. Não estamos aqui falando em finanças, mas em ideias. Aqueles que ficarem caracterizados como desistentes, acho que poderão ser substituídos.

Ely Carlos, novo presidente do Conselho Fiscal, líder da torcida Dragões da Fiel, vê como muito positiva a renovação dos quadros dirigentes do Moto Club.
Das arquibancadas para a administração