RELIGIÃO

Um Santo Antônio cheio de simpatias

Em todo o Brasil, o dia 13 é para render homenagens e celebrações ao santo milagroso, com fama de casamenteiro e que tem uma legião de devotos

Reprodução

Um santo da lenda e das tradições populares com muitas causas:  fama de casamenteiro, ajuda a encontrar coisas perdidas, padroeiro dos humildes, cura doenças, alivia os bolsos, protetor dos viajantes… ele é popular. Santo Antônio tem um número inestimável de devotos pelo mundo que são gratos por terem sido agraciados em algum momento da vida por ele.  13 de junho é comemorado o Dia de Santo Antônio e desde o primeiro dia de junho fiéis e devotos estão celebrando, agradecendo e pedindo. “O nome do meu pai é Antônio, o meu também. E ele era devoto de Santo Antônio. Como meus pais sempre foram da igreja, acabei me tornando devoto também. Não sou daquele que está todo dia na igreja, mas faço minhas rezas, minhas orações, minhas devoções”, diz o contador Antônio Gomes Filho.

Assim como Antônio, fiéis lotaram as principais igrejas da capital que estão fazendo festejo e que encerram hoje, dia 13, as homenagens ao santo com celebrações de missas o dia todo, distribuição de pães e procissões.

A Igreja de Santo Antônio (Praça Antônio Lobo, Centro), uma das mais tradicionais do estado, tem como tema a Experiência com Deus, engajamento na história, e o lema, em comunhão com a Igreja do Brasil, se refere à Campanha da Fraternidade: Serás libertado pela igreja e pela justiça.

O ápice da festa é hoje, quando acontecem sete missas. A primeira começa às 5h30, com a missa dos Antônios e Antônias. A última é às 18h30 e começa logo após a procissão (às 17h). A novidade deste ano é que às 10h45 haverá Adoração ao Santíssimo Sacramento.  A programação cultural no largo começa às 20h e terá entre outras atrações, o Boi Barrica e o Cacuriá de Dona Teté.

Na Paróquia Santo Antônio de Pádua (no Cohajap), o festejo tem como tema Santo Antônio de Pádua e o chamado de Deus à Santidade.  Também desde o dia 1º uma extensa programação litúrgica foi realizada, além da cultural, com noites típicas juninas no largo.

Hoje, no encerramento, a programação começa às 5h, com Alvorada de Fogos. Às 17h começa a preparação para a procissão e, em seguida, o largo cultural, que terá o grupo Piaçaba, show de Teresa Canto, Boi Mirantes da Ilha, Boi de Nina Rodrigues.

Em algumas paróquias, há ainda a tradição do Bolo de Santo Antônio, que tem em seu recheio alianças e medalhas abençoadas. Quem compra o bolo e encontra esses objetos  recebe uma graça.

Santo Antônio normalmente é representado em imagens segurando o menino Jesus.

O dia 13 de junho é a data de seu falecimento, no ano de 1231, na cidade de Pádua, na Itália. Também conhecido como Santo Antônio de Lisboa, Santo Antônio de Pádua nasceu no dia 15 de agosto de 1191, com o nome de Fernando de Bulhões y Taveira de Azevedo, em Lisboa (Portugal).

A lenda do santo casamenteiro

Conta a história que Santo Antônio ajudou uma moça pobre a se casar. Ela não tinha dinheiro para o dote e, então, Santo Antônio disse-lhe que tivesse fé. Pouco tempo depois surgiram moedas de ouro em sua casa e a moça realizou seu sonho.

Frade franciscano, ele distribuía alimentos a quem passava fome. Daí surgiu o “pão dos pobres”, também chamado de “pãozinho de Santo Antônio”. Muitas pessoas têm o costume de colocar o pão dentro de potes de farinha ou na despensa, para que nunca falte comida em casa.

O Frei Romário Avelino  ressalta que oficialmente o santo casamenteiro é São José, mas que Santo Antônio herda esse título porque na época da idade média as mocinhas que queriam se casar precisavam ter dote, mas muitas eram humildes, então Santo Antônio ajudava-as a conseguir marido. “Mas não era só por isso que recorriam a ele. Segundo a história, alguns fatos são apresentados, mas eles são contados de acordo com quem escreve.  Então, alguns  dizem que ele fazia essa mediação para a moça encontrar um pretendente, outros dizem que após a morte dele as pessoas rezavam pedindo e conseguiam encontrar um amor. Essas pequenas ajudas e a interseção que o povo recorre deram a fama que ele tem”, conta o Frei.

Outra história muito popular que tenta ilustrar o assunto é a da moça devota que, cansada de esperar anos por um marido, se irritou com a imagem do santo e a arremessou pela janela. A imagem, por sua vez, atingiu a cabeça de um rapaz que estava de passagem, e a donzela revoltada foi pedir desculpas ao moço. Os dois, naturalmente, apaixonaram-se e  casaram-se.

Leia também: Simpatia para quem quer se casar

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