Ao contrário da tendência nacional, o maranhense controlou o bolso e não se endividou mais do que já estava em 2017. Segundo dados do Serasa Experian, até o fim de novembro, 1,8 milhão de consumidores no Maranhão estavam em situação de inadimplência, ou 26% da população do Estado – mesmo número do ano passado. No cenário nacional, houve aumento de 2% no índice de brasileiros com alguma dívida.

Não são apenas gastos com presentes de Natal ou viagem de virada de ano que preocupam o maranhense. “Vou pagar minhas dívidas. Presente vou comprar sim, mas coisa bem simples e só para meus filhos e mulher”, diz Gersivan dos Anjos, porteiro de 32 anos.

A faxineira terceirizada Rosário Gamão, 48, concorda. “Eu entrei na empresa no meio do ano, então meu 13º não vai ser completo. Mas vai ajudar muito porque tenho dívidas para pagar e também vou comprar presente de Natal, né? Porque não dá para ficar sem ou falar para o seu filho que tu não comprou nada”.

Ao que parece, o 13º pode não durar muito no bolso do consumidor. Mas a enfermeira Kamila Dutra, 25, que não tem dívidas, tem outros planos. “É meu segundo 13º da vida. O primeiro não aproveitei muito, gastei tudo rápido. Mas agora eu aprendi, quero que esse dinheiro renda mais. Vou gastar só o necessário com presente para família e uma festa de réveillon”.

No entanto, nem todo mundo tem esse privilégio. “Queria mesmo era viajar ou comprar presente. Mas vou pagar minhas dívidas, as do meu marido também. Dívida persegue a gente, tem que se livrar. Meu 13º vai para isso”, explica Rosely Corato, recepcionista de 42 anos.

No Brasil, em novembro de 2017, eram 61,1 milhões de brasileiros com dívidas atrasadas no país. No mesmo período deste ano, o número foi para 62,4 milhões de consumidores. São 1,3 milhão de pessoas que entraram para a inadimplência.