Dia do Professor: o desafio e a alegria do magistério
Neste Dia do Professor, profissionais da educação falam da profissão que exercem, da paixão pelo magistério e do quanto o professor ainda precisa ser valorizado e reconhecido no país
“Fazer o aluno se interessar em estudar, porque ele se vê envolvido, hoje em dia, com tantas outras que são mais atrativas pra ele, acho que é o nosso maior desafio, porque na hora de estudar ele não tem ânimo”. Essa é a fala da professora Regina Castro. No Dia do Professor, celebrado segunda-feira, dia 15, falei com duas profissionais que contam da dor e da delícia de ser professor.
Regina Castro tem 18 anos de magistério e é professora da educação básica. O gosto por lecionar vem de criança. “Sempre brinquei de dar aula. Eu tinha um quadro negro e giz, e escrevia, repetia as aulas que aprendia na escola. Eu brincava de dar aula. Depois que fiz o curso técnico em Química, fiz o curso superior e entrei na área da educação. Eu tenho orgulho de exercer uma profissão honesta e ajudar o próximo de alguma forma, colaborar para o conhecimento, para que a pessoa tenha uma base para alcançar um futuro melhor. É uma satisfação ver que o aluno tem uma opinião própria a partir do conhecimento que ele absorveu em sala de aula”, diz.
Cláudia Matos, mestra em Artes pela Universidade Federal do Maranhão, atua há 23 anos no magistério lecionando no ensino médio e fundamental e diz que foi abraçada pela carreira.
“Penso que o magistério me escolheu. Fiz a graduação em Educação Artística porque era a maior afinidade que tinha na época e pelo exemplo de professores de arte que tive na época como Chico Pinheiro que fizeram a diferença na minha formação pessoal e ao mesmo tempo me apontaram para uma profissão. Queria fazer a diferença na vida das pessoas e o magistério se apresentou como um caminho. Aos poucos fui sendo abraçada por esse campo de reciprocidade, amor e solidariedade que a relação dialógica que a sala de aula proporciona”, conta.
O entusiasmo pela profissão traz também as agruras. Regina Castro diz que ainda falta muito para o professor ser valorizado, principalmente financeiramente. “O professor passa tanto tempo na faculdade e ganhamos menos do que outros profissionais também de nível superior. Isso tem que mudar, porque há toda uma formação, pós-graduação, mestrado, doutorado, mas em relação a outras carreiras, nosso piso é baixo”, argumenta.
Há professores que cativam pelo conhecimento que tem de um assunto; outros pela convicção demonstrada nas suas atitudes didáticas. Há os que fascinam pela oratória, e os que deliciam pelo carisma, que independe da matéria selecionada. E você, foi cativado por qual tipo de professor?
Ao professor, mestre, educador, o jornal O Imparcial lhe parabeniza pelo seu dia e por ter abraçado o magistério.