ESPERANÇA

Santa Casa pode ter ajuda federal para superar crise

Agonizando em dívidas, histórica instituição de saúde maranhense aguarda repasse de verbas do governo federal para ergue-se

A Santa Casa de Misericórdia do Maranhão atravessa uma das mais graves crises de sua história. No início deste mês, apareceu uma luz no fim do túnel, que sinaliza a vinda de recursos do Ministério da Saúde na ordem de R$ 4,3 milhões para três Santas Casas e hospitais filantrópicos no estado.
Em todo o Brasil, as habilitações e credenciamentos beneficiam 216 hospitais e serão destinados R$ 371 milhões por ano com o financiamento de 1.401 novos serviços nestas Casas de Saúde. A meta é que os pagamentos comecem no próximo mês. A liberação da verba é resultado de medidas de gestão voltadas à maior eficiência dos gastos públicos, como a revisão de contratos e economia com aluguéis e outros serviços.
O anúncio foi feito pelo ministro Ricardo Barros durante o 26ª Congresso de Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, em Brasília (DF) e o balanço destas ações foi apresentado na quarta-feira (14), pelo ministro Ricardo Barros durante cerimônia no Palácio do Planalto.
A reportagem de O Imparcial procurou o gestor da Santa Casa para saber se a instituição seria uma das beneficiadas com os recursos. Segundo o diretor, Abdon Murad, ainda é incerto que o hospital receba as verbas federais. “Oficialmente, ainda não sei. Estamos aguardando a publicação de uma portaria do Ministério da Saúde, estipulando quanto vai ser destinado para cada um dos hospitais e, quais serão esses hospitais”, afirmou.
Enquanto existe incerteza na vinda destes recursos, a crise financeira na Santa Casa se agrava a cada dia. Os problemas são tão grandes que a parte ambulatorial, clínica médica e pediatria não funcionam mais. Vários funcionários já foram demitidos.
A unidade de saúde convive há alguns meses com falta de materiais, medicamento e até refeições. Sem recursos, já foram desativados vários setores do hospital, a unidade de saúde conta com a estrutura de uma UTI toda montada, mas os equipamentos instalados, que são muito caros, estão parados e se deteriorando.
A grande fonte de renda da casa de saúde vinha dos pacientes do SUS. Sem recursos para realizar cirurgias, faltou dinheiro e sobraram dívidas. Os problemas se acumulam a cada dia, e o hospital não consegue se autogerir.
O hospital organizou uma campanha para não parar de vez, embora o prédio comporte oito pavilhões, somente uma pequena parte ainda funciona com ajuda de doações, cada vez mais raras.
No início do mês, um vídeo enviado por um internauta a O Imparcial revelou o problema de limpeza em parte da cobertura do teto da Santa Casa, onde lixo hospitalar e até pombo morto foram encontrados.
História
Fundada em 1622, a unidade de atendimento hospitalar Santa Casa tem 394 anos, sendo a pioneira em atendimento hospitalar no Maranhão, e foi a primeira Escola de Formação Médica do Estado.
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