ALERTA

Falta de sangue compromete a realização de cirurgias

Ausência de material importado para a realização de identificação de doenças infecciosas como o vírus HIV, além de outras, está comprometendo a liberação de bolsas de sangue para cirurgias eletivas

Doação de sangue- EMOMAR
A falta de kits sorológicos necessários para diagnósticos de doenças infecciosas como sífilis, Aids, hepatites, além de outras, estão impossibilitando a liberação de bolsas de sangue no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Maranhão (Hemomar). De acordo com o diretor-geral do Hemocentro em São Luís, Dario Nicolau, empresas fornecedoras atrasaram a entrega do material, o que provocou baixo estoque de sangue no estado e, consequentemente, algumas cirurgias não emergenciais foram adiadas. “São kits importados, e no país só tem duas matrizes que têm esse material, eles vêm de São Paulo e Fortaleza para São Luís por via aérea, o fornecedor mandou a carga no dia 14, então esperamos que normalize a situação do hemocentro até quinta-feira”, disse o diretor-geral.

Segundo Dario Nicolau, a alternativa foi pedir kits emprestados para outros hemocentros de estados vizinhos. “Solicitamos kits emprestados dos estados Piauí e Pará, eles enviaram os kits. É o que nos tem permitido a liberação regrada de bolsas de sangue para o estado, então, foi um desabastecimento parcial”, afirmou.

A orientação dada a princípio foi que cirurgias eletivas, como de vesícula, útero, plásticas e outras, fossem atrasadas pelo menos por uma semana. Já nos casos de cirurgias emergenciais, como cardíacas e outros procedimentos, estão ocorrendo normalmente, todas necessitam de bolsas de sangue, em caso de alguma eventualidade cirúrgica.

Coletas estão sendo realizadas 
Mesmo diante desta situação, as coletas estão sendo realizadas normalmente. De acordo com o diretor Dario Nicolau, o sangue pode ficar armazenado até 35 dias no estoque do Hemomar. O atraso em relação aos kits já dura há uma semana. Outra solução encontrada foi o remanejamento de bolsas de sangue dos sete hemonúcleos no estado, localizados em vários pontos no Maranhão. “É uma hemorede, se caso não tem bolsa de sangue aqui, mas tem no hemonúcleo de Balsas. Fazemos esse remanejamento e isso ocorre nos sete hemonúcleos”, acrescentou Dario Nicolau.

O doador Marcelo Diniz, que sempre doa de forma espontânea, afirmou que o tipo sanguíneo que era preciso doar para um familiar é raro, “O negativo”, então, nem procurou o estoque do Hemomar. “Sabemos que é um tipo sanguíneo mais raro e, consequentemente, difícil encontrar no Hemomar, então, mobilizamos a família para doação”, comentou.

Conforme Dario Nicolau, a Secretaria de Saúde do Estado já tem conhecimento da situação e entrou em contato também com os fornecedores. A previsão é que os kits para testes cheguem ainda esta semana.

O responsável pelo setor de coleta, o médico João Batista, reforçou a importância da doação de sangue, pois São Luís atende outros municípios. Nos períodos festivos como fim de ano, carnaval, festas juninas, há uma redução no estoque de bolsas de sangue de 30%. “Sempre reforçamos a importância da doação. Se fosse somente o município de São Luís, teríamos uma reserva no estoque, porém, atendemos outras macrorregiões”, enfatizou.

Critérios para doação
Para doar, é preciso observar alguns critérios antes de se dirigir à sede do centro em São Luís (Rua 5 de Janeiro, s/n, Jordoa) e passar pela triagem clínica e laboratorial. Veja os critérios na lista abaixo:
– Idade entre 18 e 65 anos de idade;
– Peso igual ou acima de 50kg;
– Gozar de boa saúde;
– Documento de identidade com foto.
Após entrevista, o doador doa coleta uma bolsa de sangue, que passa por testes sorológicos (hepatites do tipo A, B e C, aids, sífilis, chagas) e testes imuno-hematológicos (tipagem sanguínea ABO/Rh, pesquisa de anticorpos irregulares e eletroforese de hemoglobina).
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