O grande motivo do acúmulo de veículos, que gera um engarrafamento de aproximadamente três quilômetros na estrada, é o número de buracos na rodovia que dá acesso à entrada de São Luís, o que a torna praticamente intrafegável.

O motorista Clisdinaldo Xavier Costa, 45 anos, que mora em Rosário e trabalha em São Luís, reclama que todas as vezes que tem uma viagem para a capital enfrenta o congestionamento e perde muito tempo.

“A rodovia está cheia de buracos, isso traz vários problemas para os motoristas, pois, além de perder tempo no engarrafamento, há também prejuízos materiais. O carro tem que passar frequentemente por revisões, pois quebram as molas, a suspensão fica toda comprometida, entre outros”, reclamou.

Um dos piores pontos é no Km 13 da BR, onde alguns caminhoneiros começaram a usar um espaço que fica próximo à rodovia como alternativa para driblar o congestionamento, principalmente onde há um retorno e o trânsito se transforma em um verdadeiro caos.

“Essa confusão é rotineira, principalmente nos horários do fim na manhã, início e fim da tarde. É complicado trabalhar deste jeito. Uma entrega que poderia ser feita em 30 minutos, eu levo mais de 50. É muito buraco, os carros tentam fugir e estão ocupando o espaço dos pedestres. Todo dia o engarrafamento é quilométrico”, diz o entregador Josemar Vale.

Moradores alegam que os buracos têm aumentado por conta da falta de rede de esgoto no bairro. A água escoa para a rodovia, o que intensifica o problema. O morador Jardeson Pereira Costa afirma que as chuvas e a falta de saneamento básico nos bairros que ficam nas proximidades da rodovia estão tornando a situação cada vez mais caótica.

Essa informação é confirmada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em nota para O Imparcial. O órgão ressalta que a causa do problema é a falta de esgotamento sanitário do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. O Dnit também informou que já realizou vários reparos nesse trecho da BR-135.

Ainda de acordo com o Dnit, o Ministério Público já foi acionado e também entraram em contato com a Caema para providenciar os devidos reparos, de forma a evitar o desperdício de dinheiro público, com o refazimento constante do pavimento nesse trecho.

A Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), por sua vez, informou que realizou, no último sábado, dia 27, a desobstrução do esgoto no Complexo e acrescentou que está sendo projetada a ampliação da rede de esgotamento sanitário para aquela região.