TERAPIA

Internas participam de oficinas de pintura em tecido, bordado e crochê

De caráter inclusivo, o projeto se estende ainda a três pacientes em situação de reclusão, e em cumprimento de medida terapêutica do Hospital Nina Rodrigues (HNR)

Detentas - Internas - crochê - pintura

Tecido e tinta são as matérias-primas utilizadas pelas 70 internas do Sistema Prisional do Maranhão para confeccionar toalhas de prato decoradas. Além disso, elas ainda produzem crochê e bordado. A atividade, que para elas é uma terapia e distração, faz parte do projeto “Mãos de Fadas”, desenvolvido por meio de parceria das Secretarias de Estado de Administração Penitenciária (Sejap) e da Mulher (Semu).

De caráter inclusivo, o projeto se estende ainda a três pacientes em situação de reclusão, e em cumprimento de medida terapêutica do Hospital Nina Rodrigues (HNR). Com a tinta e o pincel, as pacientes iniciam os trabalhos tendo, em mente, os desenhos que elas mesmas estampam no tecido. Entre tantos, um dos mais preferidos são flores, corações, furtas e até mesmo a bandeira do Brasil.

Sob a coordenação da Sejap, o trabalho manual desenvolvido pelas custodiadas foi ensinado em cursos oferecidos dentro das próprias unidades prisionais, nos quais o artesão utiliza técnicas já definidas e até mesmo a criatividade para criar várias peças. A ideia é que as peças produzidas pelas pacientes sejam reunidas em uma exposição que deve ocorrer em junho.

“A iniciativa consiste em promover a produção artesanal, e contribuir para a reinserção social de cada uma delas. A proposta é reunir vários trabalhos para que estes sejam apreciados pelo público em geral e, dessa forma, as pacientes possam se enxergar no resultado da produção manual, que será admirada por outras pessoas”, disse a supervisora de Trabalho e Renda da Sejap, Grazielle Bacellar.

As participantes afirmam que a atividade é muito proveitosa e muito agradável, sendo uma verdadeira terapia. “Eu gosto de fazer. Me sinto bem quando estou fazendo essa atividade. Para mim é ótimo. Depois de tudo pronto, as pessoas vão poder ver o que fizemos com carinho”, disse uma das pacientes do HNR, de 31 anos, uma das mais empenhadas na produção das pinturas em tecidos.

No ateliê instalado dentro do hospital psiquiátrico, as pacientes têm à disposição todo o material necessário para desenvolver seus trabalhos. Dependendo do que elas irão confeccionar, lhes são concedidas – sempre sob a orientação da supervisora -, agulhas de crochê ou a máquinas de costura.Para algumas internas, inclusive da Unidade Prisional de Ressocialização (UPR) Feminina, a atividade é lucrativa.

Em alguns casos, também é usado para relaxamento e serve para descarregar energias. Os produtos confeccionados nesse estabelecimento vão desde toalhas decoradas às caixas de bijuterias. Além disso, peças de bordado também são produzidas. Os trabalhos são ainda desenvolvidos nos estabelecimentos carcerários femininos no interior como, por exemplo, a UPR de Imperatriz.

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