TRÂNSITO

Em São Luís, placas sofrem com a ação do salitre

Sinalização da Avenida Litorânea está praticamente ilegível por conta da ação corrosiva. Segundo SMTT, projeto para trocar as placas está em elaboração

placas salitre
Os motoristas que trafe­gam na Avenida Litorâ­nea têm tido uma dificul­dade muito grande em visualizar as sinalizações já que as placas distribuídas ao longo das vias encontram-se em situação ca­ótica, causando mais problemas para o trânsito da região.
As placas localizadas nos can­teiros (coluna simples), que mos­tram que o motorista deve transitar na via a 60 km/h, estão totalmente enferrujadas. Algumas estão total­mente indecifráveis, o que dificul­ta a visualização dos motoristas. O motorista Cláudio Carvalho alega que as placas deviam ajudar os con­dutores que utilizam as vias diaria­mente, porém, a qualidade em que está a sinalização, o trânsito pode se tornar uma grande confusão.

“A sinalização está incompre­ensível. Em algumas placas, a fer­rugem cobriu toda a informação. Ao invés de nos ajudar, acaba atra­palhando, pois interfere na visu­alização”, disse.

As outras placas que ficam situ­adas acima das vias (braço proje­tado simples), onde contém tam­bém o limite de velocidade na via, que é de 60 km/h, a situação não é diferente, a corrosão é visível. As únicas que ainda estão em bom estado são as placas que sinali­zam a existência da rede Wi-Fi no local, ainda assim, as marcas de ferrugens já começam a dar sinal.

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O químico Sandro Brito expli­cou que as placas de sinalizações se deterioram porque acontece o processo de corrosão metálica. Re­ação do metal com o oxigênio que se transforma em óxido. As placas de sinalizações são produzidas por metais puros e, por esse motivo, ocorre a corrosão.

Assim como as placas de sina­lizações, eletrodomésticos, eletro­eletrônicos, ou qualquer peça me­tálica, em contato com o mar ou que esteja nas proximidades pode ocorrer esta reação. A água do mar não é pura. Ela contém sais, e a ma­resia, a brisa também carregam os sais, que, em contato com o me­tal, o oxigênio acelera o processo de oxidação.

“A brisa do mar ao contatar com as placas de sinalizações vai facilitar esse processo, o que vai resultar na ferrugem”, explicou.

Sandro Brito acrescentou ain­da que, se as placas que ficam na Avenida Litorânea fossem pro­duzidas em alumínio, a durabili­dade seria maior, pois, quando o alumínio sofre a primeira corro­são, cria uma camada de proteção que protege o material da oxida­ção. Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) respondeu, via assessoria, por meio de nota, informando que está em fase de elaboração um projeto para subs­tituição da sinalização atual por novas feitas de alumínio. O prazo para essa mudança ainda não foi estabelecido.

Materiais das placas
Os materiais mais adequados para o substrato, na confecção das placas, são o aço, alumínio, poliéster reforçado com fibra de vidro e madeira imunizada. Os materiais mais utilizados para a confecção do fundo são as películas e as tintas. As películas utilizadas são as plásticas (não retro refletivas) ou as retro refletivas dos seguintes tipos: de esferas inclusas, de esferas encapsuladas ou de lentes prismáticas, definidas de acordo com as necessidades de projeto. As tintas utilizadas são o esmalte sintético, fosco ou semifosco, ou a pintura eletrostática. Poderão ser utilizados outros materiais que venham a surgir a partir de desenvolvimento tecnológico, desde que possuam propriedades físicas e químicas que garantam as características essenciais da placa durante toda sua vida útil, inclusive após execução do processo de manutenção, e em quaisquer condições climáticas.

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