Em São Luís, placas sofrem com a ação do salitre
Sinalização da Avenida Litorânea está praticamente ilegível por conta da ação corrosiva. Segundo SMTT, projeto para trocar as placas está em elaboração
“A sinalização está incompreensível. Em algumas placas, a ferrugem cobriu toda a informação. Ao invés de nos ajudar, acaba atrapalhando, pois interfere na visualização”, disse.
As outras placas que ficam situadas acima das vias (braço projetado simples), onde contém também o limite de velocidade na via, que é de 60 km/h, a situação não é diferente, a corrosão é visível. As únicas que ainda estão em bom estado são as placas que sinalizam a existência da rede Wi-Fi no local, ainda assim, as marcas de ferrugens já começam a dar sinal.
O químico Sandro Brito explicou que as placas de sinalizações se deterioram porque acontece o processo de corrosão metálica. Reação do metal com o oxigênio que se transforma em óxido. As placas de sinalizações são produzidas por metais puros e, por esse motivo, ocorre a corrosão.
“A brisa do mar ao contatar com as placas de sinalizações vai facilitar esse processo, o que vai resultar na ferrugem”, explicou.
Sandro Brito acrescentou ainda que, se as placas que ficam na Avenida Litorânea fossem produzidas em alumínio, a durabilidade seria maior, pois, quando o alumínio sofre a primeira corrosão, cria uma camada de proteção que protege o material da oxidação. Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) respondeu, via assessoria, por meio de nota, informando que está em fase de elaboração um projeto para substituição da sinalização atual por novas feitas de alumínio. O prazo para essa mudança ainda não foi estabelecido.
Materiais das placas
Os materiais mais adequados para o substrato, na confecção das placas, são o aço, alumínio, poliéster reforçado com fibra de vidro e madeira imunizada. Os materiais mais utilizados para a confecção do fundo são as películas e as tintas. As películas utilizadas são as plásticas (não retro refletivas) ou as retro refletivas dos seguintes tipos: de esferas inclusas, de esferas encapsuladas ou de lentes prismáticas, definidas de acordo com as necessidades de projeto. As tintas utilizadas são o esmalte sintético, fosco ou semifosco, ou a pintura eletrostática. Poderão ser utilizados outros materiais que venham a surgir a partir de desenvolvimento tecnológico, desde que possuam propriedades físicas e químicas que garantam as características essenciais da placa durante toda sua vida útil, inclusive após execução do processo de manutenção, e em quaisquer condições climáticas.