MUTIRÃO

Combate ao Aedes aegypti faz visita a 6.900 casas no distrito do Vinhais

Cerca de 350 profissionais, além de soldados do Exército, foram destacados para fazer a visita de casa em casa, realizar o trabalho de identificação e tratar os focos do mosquito nas residências

Dengue - combate -

Uma guerra implacável contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti está deflagrada em São Luís. Na manhã desta sexta-feira (26), a Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) deslocou agentes de saúde e de endemias nas ruas do Vinhais e bairros adjacentes, em mais um grande mutirão de combate ao inseto.

Cerca de 350 profissionais, além de soldados do Exército, foram destacados para fazer a visita de casa em casa, realizar o trabalho de identificação e tratar os focos do mosquito nas residências. As equipes visitaram 6.409 imóveis no Distrito Vinhais (residências e estabelecimentos comerciais), sendo 4.623 vistoriados e 1.786 imóveis fechados. Os agentes de endemias identificaram 179 imóveis com focos do mosquito Aedes; 805 imóveis receberam tratamento com larvicida.

A realização dos mutirões integra a campanha “Todos na Guerra contra o mosquito Aedes aegypti”, lançada pela Prefeitura de São Luís, com o objetivo de reduzir os índices de infestação do inseto, principal vetor de doenças como o zika vírus, dengue e febre chikungunya, moléstias que desencadearam em todo o país um grande problema de saúde pública devido aos altos índices de contaminação e às graves complicações acarretadas ao organismo humano.

Esta é a quarta edição do mutirão contra o mosquito realizado pela campanha na capital. Além do Distrito Vinhais, a ação já foi promovida também nos bairros da Liberdade, Cidade Operária e São Francisco/Ilhinha. Segundo a superintendente municipal de Vigilância Epidemiológica e Sanitária, Terezinha Lobo, a escolha dos bairros onde a ação tem sido realizada prioritariamente de forma mais ostensiva tomou por base o último Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), que aponta os bairros com maior incidência das doenças relacionadas ao Aedes.

Terezinha Lobo analisou positivamente os resultados obtidos pela ação nos bairros onde foram realizados os trabalhos domiciliares de combate ao mosquito. Ela afirma que a população tem que permanecer permanentemente alerta. “O grande objetivo do mutirão é eliminar os focos do mosquito. E isso nós temos feito de forma maciça, visitando as casas de quarteirão em quarteirão com um trabalho minucioso de destruição de criadouros e de conscientização da população sobre o problema. Grande parte da população tem entendido a nossa mensagem e colaborado aplicando as práticas corretas contra os criadouros do inseto. Mas ainda é necessário muito mais engajamento, que todos realmente coloquem a mão na massa e que cada um faça a sua parte”, disse a superintendente.

Durante o mutirão, as equipes realizam abordagens educativas orientando a população sobre as práticas corretas de combate aos focos do mosquito, fazem também o tratamento necessário nos imóveis visitados, com a colocação de larvicida. Os agentes ainda recolhem resíduos potencialmente favoráveis à proliferação do inseto, como recipientes, pneus, tampas de garrafas, cacos e outros materiais. “Só seremos capazes de evitar uma epidemia com o combate aos locais que podem armazenar água”, frisou a superintendente.

TRABALHO CONSTANTE

A programação ostensiva da campanha está prevista para acontecer até o próximo mês de junho, período em que as chuvas ocorrem com mais intensidade e criam um ambiente propício à infestação do Aedes aegypti. Após junho, o trabalho diário continuará a ser realizado pelos agentes de endemias dentro da programação normal desenvolvida pela Secretaria Municipal da Saúde (Semus).

Uma das residências visitadas durante o mutirão no bairro Vinhais foi a da dona de casa Maria José Diniz. “Eu sabia que iria acontecer o mutirão e estava desde cedo aguardando a visita dos agentes em minha casa”, disse ela. Apesar do cuidado que ela diz ter sempre em eliminar possíveis focos do inseto em sua casa, ainda assim os profissionais encontraram larvas do mosquito em sua caixa d´água. O tratamento foi providenciado imediatamente pelos agentes.

De acordo com dados da Semus, do dia 1º de janeiro a 12 de fevereiro deste ano – denominada de sexta semana epidemiológica – foram notificados em São Luís 252 casos de dengue, 80 de chikungunya e 60 ocorrências de zika vírus.

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