DADOS

Número de mortes registradas no Maranhão cai 7,8% na comparação entre 2014 e 2015

Os registros seguem critério mundial, convencionado pela Organização das Nações Unidas (ONU), com regramento nacional aplicado aos estados por meio da Senasp

O número de mortes registradas ano passado no Maranhão reduziu em 7,8%, comparando com 2014. Em 2015 somaram 910 o total de ocorrências, contra 987 em 2014. Foram 77 vidas salvas no ano anterior. Os dados são da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-MA), com base em levantamento anual dos casos. A captação destes dados segue critério estabelecido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e seguido por todos os estados da Federação. Este critério considera prioritariamente os chamados Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs). Estão incluídos neste grupo os homicídios, latrocínios (roubos seguido de morte) e lesões corporais seguidas de morte.
Se considerar apenas os homicídios dolosos – quando há intenção de matar – a queda foi de 12%, comparando 2014 e 2015. As ocorrências chegaram a 910 em 2014 e caíram para 801 em 2015. Nesta comparação, foram salvas 109 vidas. Tendo como base as demais classificações que ocasionaram mortes violentas, também houve queda – de 10%. Foram 1.024 casos em 2015 contra 1.137 em 2014. Seguindo este critério, foram 113 vidas salvas. Além dos CVLIs, são levantados também números de mortes por homicídio culposo (sem intenção); em estabelecimentos prisionais; de adolescentes em instituições; decorrentes de acidentes de trânsito (dolosos e culposos); suicídios; acidentais; e em confronto com agentes da lei.
O relatório geral das ocorrências da Segurança Pública é produzido a partir de levantamento mensal compilado ao final de um ano. Os registros seguem critério mundial, convencionado pela Organização das Nações Unidas (ONU), com regramento nacional aplicado aos estados por meio da Senasp. O referencial para definir os índices da violência é o número de homicídios agrupados nos CVLIs. “O Maranhão tem obedecido a esse regramento para não ter o risco de que sejam utilizados critérios diferentes para mensurar a violência no país. Tudo é critério nacional. Nada é inventado”, diz o delegado-geral, Lawrence Melo.
O delegado-geral de Polícia Civil, Lawrence Melo, atribui a diminuição dos números da violência à reestruturação das polícias Civil e Militar, promovida no primeiro ano da gestão Flávio Dino. A criação de superintendências especializadas em homicídios, narcotráfico e assaltos a bancos – crimes de maior demanda – está entre as principais medidas. A descentralização da atividade policial e maior integração entre a polícia e a sociedade, se somam às mudanças realizadas. “Todos estes dados estão disponíveis para o público no site da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão”, enfatiza Lawrence Melo. Os registros podem ser acessados no endereço www.ssp.ma.gov.br.
Combate a homicídios e tráfico são prioridade
“Todo o melhoramento feito na corporação agrega benefícios para o efetivo, melhorias estruturais e a prestação de um trabalho de mais qualidade à população”, ressaltou o Lawrence Melo, sobre a gestão da Delegacia Geral de Polícia Civil, da qual tomou posse mês passado. O gestor cita como principais entraves o combate aos homicídios, tráfico de entorpecentes e assaltos a banco. A resolução destes casos ganhou maior abrangência com a criação das superintendências referentes. O delegado-geral aponta que, com estas instituições, os casos são investigados de maneira contínua com uma equipe destacada para esse fim até sua conclusão, em ocorrências de homicídio.
Nos casos de tráfico de drogas, o monitoramento dos chefes deste comércio fez aumentar a apreensão de entorpecentes e a prisão de mais traficantes. Já na Superintendência de Combate à Corrupção, o objetivo é apontar os envolvidos e retornar aos cofres públicos os valores subtraídos. Esse resultado foi conseguido nas investigações de desvios de verbas nos municípios de Zé Doca e Bacabal, com os bloqueios de bens e valores dos envolvidos.
Outra prioridade do delegado-geral é o combate aos roubos a coletivos e estabelecimentos comerciais. A Polícia Civil criou uma força-tarefa para coibir esses casos. “Vamos manter esse grupo que vem trazendo resultados, pois é uma preocupação do governador Flávio Dino que possamos oferecer segurança de fato a cada cidadão”, concluiu o titular da Delegacia-Geral.
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