IDENTIDADE DE GÊNERO

UFMA aprova uso do nome social dentro da instituição

Resolução foi aprovada pelo conselho universitário e passa a vigorar oficialmente

Servidores, estudantes, professores e usuários da Universidade Federal do Maranhão devem ser tratados pelo nome que adotaram de acordo com o gênero com que se identificam. A determinação é regulamentada pela Resolução 242 – referente ao uso do nome social na UFMA, aprovada pelo Conselho Universitário e lançada oficialmente na última quarta-feira, 02 de dezembro. O nome social é aquele adotado pela pessoa conforme sua identidade de gênero e pelo qual se identifica e é identificada no meio social
A partir de agora, Universidade deve garantir que todos tenham o direito de sempre ser chamado oralmente pelo seu nome social, sem menção ao nome civil. O nome social irá constar em todos os registros, documentos e atos da vida acadêmica.
A pró-reitora de Ensino, Isabel Ibarra, afirma que através da resolução a UFMA está atendendo a um direito de uma parcela da comunidade acadêmica que deseja ser reconhecida pela sua identidade de gênero. “Além disso, é importante levantar e refletir esse tema para que se possa repensar sobre o preconceito e a transfobia. A continuidade de todo esse trabalho se dá com a conscientização da nossa comunidade acadêmica”, contou.
É possível requerer o uso do nome social através da plataforma SIGAA. Logo após, a solicitação é homologada pela coordenação do curso. Com isso todos os documentos da UFMA, incluindo listas de frequência serão emitidos com o nome social e os documentos externos também com o nome social e o nome civil um pouco menor ou no verso do documento.
A estudante Giulia Rodrigues contou que a motivação pessoal à fez seguir em frente até chegar o dia de ver essa resolução aprovada. “Senti na pele a necessidade de lutar por diretos que assegurassem o nome social”. O desgaste de explicar todo semestre a um professor o uso do seu nome social fez com que Giulia desse início a um processo para chamar a atenção para a causa. “Eu iniciei minha indignação de forma silenciosa, colocava nas provas, trabalhos e seminários o lema da universidade (a universidade que cresce com inovação e inclusão social), sempre destacando o “inclusão social”, seja em negrito, itálico ou em aspas”, destacou.
A atenção de um professor fez com que a aluna iniciasse o processo de batalhar pela resolução. A pró-reitora de ensino, Isabel Ibarra, abraçou a causa e criou uma comissão para tratar da resolução que tornasse oficial a adoção do nome social na UFMA. “Sempre foi levado em conta que a resolução não passasse por cima das leis existentes, abrangendo a todos de forma politicamente correta”, acrescentou.
 
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