Alimento na mesa de quem precisa e estímulo para a agricultura familiar rural. Dois importantes pilares do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA-São Luís), que completa sete meses, com aproximadamente 210 mil toneladas de alimentos distribuídos a mais de 40 mil famílias na capital e atendendo cerca de 200 mil pessoas direta e indiretamente.
“Para nós é muito gratificante ver como a adesão a programas como o Programa Nacional de Alimentação Escolar – o PNAE – e o Programa de Aquisição de Alimentos tem proporcionado aos trabalhadores melhoria na qualidade de vida. Temos uma equipe intersetorial que se dedica inteiramente para que os produtores tenham uma assistência técnica especializada e para que as entregas dos produtos sejam realizadas periodicamente. É o empenho da nossa equipe e dos agricultores que garantem o sucesso desses programas em São Luís”, destaca o prefeito Edivaldo.
O PAA é executado pela Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Segurança Alimentar (Semsa), e se destaca como a mais importante política pública da gestão na área social. A abrangência do programa é imensurável, porque combate a fome e resgata a dignidade humana, avalia a titular da Semsa, Fatima Ribeiro. “Ao conveniar esse programa, o prefeito Edivaldo determinou que reuníssemos esforços para atender o maior número possível de famílias em vulnerabilidade social e nutricional. Hoje colhemos o fruto deste trabalho com a satisfação dos agricultores e das famílias atendidas”, disse a gestora.
A satisfação de quem é beneficiado pelo PAA é visível e demonstra o alcance social da ação. São famílias que viviam em vulnerabilidade social e condições alimentares deficientes. Em alguns casos, não conseguiam realizar as três refeições diárias necessárias para o mínimo de sustentação nutricional do organismo. “Neste sentido, o programa tem atendido à demanda e com a ampliação poderemos garantir alimento a mais pessoas em situação alimentar vulnerável”, pontua Fatima Ribeiro.
A aposentada Maria dos Santos Câmara, de 85 anos, foi uma das beneficiadas com o programa na distribuição no bairro Vila Nova. “Eu vejo que quem precisa agradece esse programa. Esses alimentos são importantes para quem muitas vezes não tem o que comer. Parabéns ao prefeito Edivaldo”, relatou.
A dona de casa Ana Maria Figueiredo, de 45 anos, moradora do Centro, é mãe de dois filhos e agradeceu pelo programa. “Para nós, que muito precisamos, é de grande ajuda e a gente espera que continue”. A merendeira Joana Maranhão Rodrigues, de 46 anos, da Liberdade, destacou a importância da iniciativa do prefeito para dar apoio para quem precisa e por fazer essa ação funcionar. Antônia Maria de Jesus Almeida, de 39 anos, da Vila Janaína, ressalta que os produtos são uma ajuda que veio em boa hora. “É sempre bom porque a gente não tem tanta condição de comprar muita coisa e se tem essa ajuda, já guarda o dinheiro para outras necessidades”, pontuou.
PAA
A execução do PAA é articulada com todas as secretarias ligadas à política de Segurança Alimentar e tem participação efetiva do Conselho Municipal de Segurança Alimentar. “A execução deste programa e seus resultados positivos mostram o compromisso que o prefeito Edivaldo sempre teve com a população mais necessitada”, pontuou Fatima Ribeiro.
Até o fim deste ano, a meta é atingir o número de 330 toneladas de alimentos distribuídos. O PAA é realizado com recursos do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Em São Luís é feito na modalidade Doação Simultânea, onde a Prefeitura adquire os produtos direto dos agricultores e distribui às famílias cadastradas nos 20 Centros de Referência e Assistência Social (CRAS) da cidade.
Mudança de vida
Um dos primeiros objetivos alcançados pelo PAA logo em sua implantação foi o aumento da produção nas comunidades agricultoras familiares. São 300 pequenos produtores cadastrados, representantes de 26 comunidades rurais. Indiretamente, o programa atende uma cadeia produtiva de mais de três mil pessoas, entre produtores, seus familiares, fornecedores de insumos e equipamentos. O resultado encontrado nestas regiões, após a implantação do programa, são agricultores satisfeitos com mais qualidade do que é cultivado e aumento na produção com inserção de itens.
“O melhor desse programa é que a gente sabe que vai vender tudo que plantar. A gente tem a venda garantida e com essa garantia plantamos mais. Para nós aqui melhorou muito”, disse o produtor Edson de Sousa Almeida, de 44 anos, da comunidade Matinha-Maracanã. Ele acrescenta ainda que o PAA está contribuindo para a melhoria de vida dos agricultores familiares. O agricultor e presidente da Associação de Produtores do Cinturão Verde, Luís Carlos Carvalho, aponta como principal benefício do programa o estímulo para aumento da produção. “Agora, a gente sabe que o que plantar vai ter saída, vai ser vendido. Com certeza, todos vão produzir mais”, ressaltou.
A agricultora e presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de São Luís, Maria de Jesus Gamba, fornece para o PAA e ressalta que era um programa muito esperado. “É bom não só para nós produtores, mas também, para a população. A gente planta mais e a população ganha com alimentos de qualidade”, pontua.
Já agricultora Maria Cristina Santos, de 53 anos, da comunidade de Matinha relata que com o programa passou a ter maior produção estimulada pela certeza da compra dos produtos. “Antes a gente ia para a feira vender, muita coisa estragava e não conseguia um preço justo. Hoje é diferente. A gente planta, colhe e sabe que vai vender e vender bem”, disse ela.
A agricultora Agostinha Rocha, de 54 anos, que há mais de 50 anos vive na região do Quebra Pote, comemora o incentivo à produção. “Eu não era agricultora, comecei a produzir agora porque técnicos da Prefeitura foram até minha casa perguntar se eu não gostaria de participar do programa. Desde então trabalho produzindo berinjela, alface, farinha, banana e mamão e é daqui que eu tiro a minha renda”, afirma.
O incentivo à agricultura alcança também os mais jovens, que passaram a considerar a prática como uma ocupação e forma de obter renda. Ingrid Mayara, de 19 anos, já trabalha para ajudar a sogra, com quem mora. “A gente vende principalmente para o PNAE. É daqui que tiramos a nossa fonte de renda. Comecei a trabalhar nesse ramo porque encontrei na agricultura uma possibilidade de ajudar a minha família”, afirma.