O Maranhão possui novo sistema de comunicação integrada e análise de dados na área de Segurança Pública. Nesta segunda-feira o governador Flávio Dino entregou o Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro e conheceu o novo sistema de radiocomunicação, já em funcionamento, entre as forças policiais do estado.
O delegado geral da Polícia Civil, Augusto Barros, explicou que o principal objetivo do laboratório é viabilizar as investigações que trabalham com grande volume de dados, na área financeira, com cruzamento de contas, mas, também, com o advento dos sistemas eletrônicos.
O laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro conta com uma equipe especializada da Polícia Civil, vinculada ao núcleo de inteligência, que participou de treinamentos e cursos específicos nacionais para a personalização dos mecanismos de busca e filtro, por exemplo.
Os policiais que atuarão no setor manipularão softwares avançados de cruzamento de dados, análise de vínculos e ferramentas de pesquisa para geração dos chamados relatórios palatáveis, mais condensados e refinados, que vão facilitar e agilizar as investigações, além de colaborar para a recuperação de ativos oriundos de crimes.
O espaço está equipado com computadores de alta performance com tela duplicada e oito softwares, que trabalham os dados de maneira integrada. Cada licença de software custa, em média, R$ 300 mil. Para a implementação do laboratório, o Ministério da Justiça forneceu capacitações e maquinário necessário, enquanto o poder público estadual ofereceu os recursos humanos e o espaço físico.
De acordo com o delegado geral, o laboratório traz mais agilidade e fortalece o combate à impunidade. “Anteriormente, havia tentativas mais limitadas para gerar os relatórios de forma amadora, com programas rudimentares ou contávamos com o apoio da Polícia Federal e do Ministério Público para este trabalho. Agora, teremos mais agilidade porque documentos que demorariam meses para serem avaliados poderão ser em dias, o que representa um ganho na gestão de investigação criminal, e, mais ainda, na produção de provas para que o judiciário e o Ministério Público promovam a responsabilização, a fim de que os processos-crimes andem mais rápido”, apontou Augusto Barros.