SAÚDE
Leitos do Hospital Carlos Macieira devem aumentar no próximo ano
A Secretaria de Estado da Saúde (SES), anunciou o aumento de 52 leitos no Hospital de Alta Complexidade Dr. Carlos Macieira (HCM). Dentro do novo projeto, serão 12 novos leitos de UTIs e 40 de enfermaria. As adequações serão feitas dentro do próprio espaço físico do Hospital, já que, após análise do departamento de Engenharia […]

Para o secretário de Estado da Saúde, Marcos Pacheco, será um aumento de 24% de leitos do maior hospital de Alta Complexidade do Maranhão. “Desde o início da gestão Flávio Dino esse projeto foi pensado, pois identificamos alguns espaços livres sendo subutilizados. Neste momento o hospital continua com os seus 220 leitos, sendo 47 de UTIs, conforme recebemos. Não bloqueamos nenhum leito, pelo contrário, vamos expandir a quantidade por entender que é necessário esse suporte de alta complexidade para as UPAs e Socorrões”, revela o secretário.
Marcos Pacheco reforça, ainda, que diminuição nunca ocorreu, seja de UTI ou enfermaria, e que a expansão não aconteceu antes devido a uma pane na rede elétrica ocorrida há dois meses, atrasando a execução do projeto. “Após a pane elétrica, o hospital teve que descer algumas UTIs individuais para uma ala que estava com área sem utilização, para não sobrecarregar a rede elétrica, colocando uma maior quantidade no mesmo espaço”, destacou.
Sobre a pane na rede elétrica, a diretora administrativa do HCM, Clícia Galvão, explica que a engenharia da SES emitiu um laudo técnico à empresa fabricante situada em Canoas (RS) solicitando a troca das peças danificadas dos aparelhos de ar-condicionado. Enquanto isso, vários aparelhos splits foram instalados. “Fizemos uma força tarefa para que as áreas principais do hospital não ficassem sem ar-condicionado. Começamos pelo centro cirúrgico, UTIs, enfermarias e descansos médicos. Após as mudanças, o espaço comporta a todos, inclusive os acompanhantes dos pacientes”, explicou a diretora do HCM.
Em relação à negativa de troca das peças pela fabricante, o subsecretário de Estado da Saúde, Carlos Eduardo Lula, afirma que será aberto um processo de responsabilidade sobre a alegação da empresa. “A fabricante afirma, em laudo, que o projeto original está totalmente equivocado. Os aparelhos de ar-condicionados foram projetados para uma cidade com média de 24,5° e 75% de umidade. Porém, São Luís atinge uma umidade equivalente a 90% e média de 30° de temperatura. Tal equívoco gerará um prejuízo para o conserto de mais de 1 milhão de reais ”, afirma o subsecretário.
Uma auditoria feita pela Secretaria de Transparência e Controle (STC) identificou uma série de irregularidades constatadas em relatório sobre a reforma e ampliação feita no HCM na gestão passada, encaminhadas ao Ministério Público. Denúncias de pagamentos superfaturados até a aquisição de materiais de qualidade inferior informado ao BNDES, além de equipamentos médicos de alto custo que nunca foram instalados no HCM, a exemplo de um aparelho de hemodinâmica que custou aos cofres públicos mais de R$ 2 milhões de reais, abandonado no almoxarifado da SES, sinalizaram necessária averiguação por parte da atual gestão.
A construtora responsável pela reforma e ampliação já adequou o espaço e até dezembro a ala de hemodinâmica terá também seu funcionamento normalizado.
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