PRISÃO PREVENTIVA

Ex-prefeito de Bacabal e empresários são presos em operação contra agiotagem

Sete pessoas tiveram prisão preventiva decretada. Após depoimento, os investigados serão encaminhados para a Penitenciária de Pedrinhas

Foto: Honório Moreira.


Honório Moreira

Ex-prefeito Raimundo Lisboa detido pela Polícia Civil em maio

Operação realizada, na manhã desta quarta-feira, pela Polícia Civil do Estado do Maranhão, por meio da Superintendência Estadual de Investigações Criminais, efetuou as prisões de investigados em casos de agiotagem ligados à gestão do ex-prefeito de Bacabal Raimundo Nonato Lisboa.

As ações da operação El Berite II cumprem mandados de prisão preventiva de sete pessoas, sendo que o agiota Gláucio Alencar, já está se encontra preso sob acusação de ser mandante do assassinato do jornalista Décio Sá. Dados bancários comprovam que o agiota recebeu dinheiro através da Prefeitura de Bacabal, durante a gestão de Raimundo Lisboa.
Os outros seis acusados foram presos em Bacabal e São Luís. Em Bacabal, a polícia efetuou a prisão do ex-prefeito do município Raimundo Nonato Lisboa; do ex-secretário municipal Aldo Araujo de Brito, e do ex-tesoureiro Gilberto Ferreira. Em São Luís, foram detidos Josival Cavalcanti da Silva, apontado como agiota e mais conhecido por Pacovan, sua esposa Edna Pereira; e Eduardo José Barros Costa, conhecido por Eduardo DP, também identificado como agiota.
As prisões preventivas garantem a instrução criminal dos presos denunciados pelo Ministério Público da comarca de Bacabal.
O inquérito policial comprova que a organização criminosa é responsável por desvios de R$ 4,5 milhões. Após depoimento na Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), em São Luís, todos devem ser encaminhados direto para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
Operações
A Polícia Civil iniciou o combate a agiotagem no Maranhão após desdobramentos da Operação Detonando, que investigou o assassinato do jornalista Décio Sá, em 2012. Durante as investigações sobre o caso, foram presos os empresários Gláucio Alencar e José Miranda, pai e filho acusados de encomendar a morte do blogueiro e de comandar um esquema de agiotagem em 42 prefeituras do Maranhão.

No final de março deste ano, foi deflagrada a Operação Imperador, derivada da Operação Detonando. Imperador é como se autodenominava um dos suspeitos, o filho da ex-prefeita de Dom Pedro, Eduardo Barros, o Eduardo DP. Na ocasião, foram cumpridos 38 mandatos de busca e apreensão pela Polícia Civil.

Na época foi detectada a existência de 10 empresas fantasmas para fraudar processos licitatórios durante a gestão de Arlene Barros Costa (2009 a 2012) período em que ela esteve à frente da Prefeitura de Dom Pedro. A polícia descobriu o desvio de R$ 5 milhões que seriam destinados a medicamentos e merenda escolar, por conta da agiotagem.
Em maio, durante as operações “Maharaja” e “Morta-Viva”, a Polícia Civil cumpriu mandatos de prisão temporária e conduções coercitivas, nos municípios de Marajá do Sena, Zé Doca. Na ocasião foram autuados o prefeito de Bacuri (MA) Richard Nixon (PMDB), o prefeito de Marajá do Sena (MA) Edvan Costa (PMN), o ex-prefeito de Marajá do Sena, Perachi Roberto Farias; o contador municipal José Epitácio Muniz, o Cafeteira; Rui Clemêncio Barbosa, que seria “laranja” em negócios da Prefeitura de Zé Doca (MA), e Francisco Jesus Silva Soares, que é empresário emissor de notas para os municípios de Zé Doca e Marajá do Sena.
Preso também durante essas operações, o empresário Josival Cavalcante da Silva, “Pacovan” teve um cofre apreendido, onde foram encontrados vários talões de cheque e documentos relacionados a prefeituras do interior do estado. O empresário já havia sido preso em 2011 e 2013, nas operações Usura I e Usura II da Polícia Federal (PF), por participação em uma quadrilha que desviou mais de R$ 5,5 milhões dos cofres da Prefeitura de São João do Paraíso. Pacovan ficou preso por 10 dias.
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