CARAVELAS

Águas-vivas invadem praias de São Luís

População tem que ficar atenta à incidência das caravelas na orla marítima, pois estes animais marinhos provocam queimaduras ao serem tocados

Foto: Honório Moreira / O Imparcial.


Honório Moreira / O Imparcial

A partir do mês de setembro até janeiro, os casos de queimaduras por parte dessas espécies tornam-se mais frequentes

Nesta época do ano, onde os ventos são mais fortes, é possível se perceber uma incidência maior das famosas caravelas, popularmente conhecidas como águas-vivas, nas praias de São Luís. O aparecimento desses animais, geralmente, ocorre quando a maré está enchendo devido ao deslocamento constante da correnteza. É comum ouvirmos, também, casos de acidentes envolvendo banhistas e principalmente crianças.

A partir do mês de setembro até janeiro, os casos de queimaduras por parte dessas espécies tornam-se mais frequentes. As principais vítimas são as crianças, geralmente por falta de instrução. Os bombeiros salva-vidas alertam para os cuidados. “Esse animal chama muito atenção, fica translúcido na água e as crianças querem pegar, pelo fato de parecer um balão. A orientação é não tocar nesse animal, porque o contato com os tentáculos causa queimadura, uma ardência, dor intensa”, disse Angélica, cabo do Corpo de Bombeiros.
Muitas pessoas, quando são atingidas pelas caravelas, tendem a limpar com água, mas os bombeiros afirmam que a melhor forma de tratar das queimaduras é com vinagre. “Nós costumamos utilizar o vinagre. Estudos dizem que o vinagre ajuda na eliminação das toxinas. Quando tem um posto de saúde mais próximo, aí eles utilizam um método mais certo que é a lidocaína, ou algum anestésico. Mas, em questão de primeiros socorros, o mais urgente é o vinagre”. A dor costuma durar cerca de 40 minutos a uma hora. “instruímos passar hidratante em casa, pois recompõe as células perdidas pela queimadura, que, apesar de dolorosa, é muito leve”, acrescentou Angélica.
A Praia de São Marcos é considerada de maior incidência desses animais marinhos, por conta da extensão e da ausência de pedras, que fazem com que elas se locomovam mais rápido até a orla. Angélica diz que têm a preocupação de irem até os banhistas e falarem sobre as águas-vivas para evitar acidentes. “Quando avistamos uma na orla, pegamos o quadriciclo e vamos levando em cada grupo de pessoas, explicando e orientando com minipalestras. Orientamos para não chegar perto, para evitar se esconder pelas ondas e acabar se queimando, e, se queimar, não utilizar água doce e sim o vinagre, é mais esse tipo de instrução que a gente dá”, disse a cabo.
Alerta
A água-viva pode queimar até 6 horas depois de morta e, se colocada dentro da água, ainda depois de morta, pode queimar até 24 horas. A comissária de bordo Adriana Furtado, que está passando as férias em São Luís, diz que já foi atingida várias vezes. “Ah, eu já fui queimada por caravelas, a dor é insuportável, sempre tenho cuidados para não pisar em uma e nem pegar, pois, com as ondas fortes, elas acabam vindo pra perto de você”, disse a comissária.
Fique sabendo

Águas-vivas invadem praias de São Luís

Recomendações em ataque de caravelas

Lavar a área afetada com vinagre;
Evitar lavar com água doce, cerveja ou urina;
Não esfregar ou colocar algum tipo de pano sobre a queimadura;
Procurar um posto médico mais próximo.
 
Como evitar o contato
É recomendado que todos procurem sempre ir à praia e tomar banho nas marés baixas, quando a água do mar está calma, pois torna mais visível a localização de alguma caravela. Se for tomar banho com o mar bravo, mantenha vigilância para evitar o contato com elas.
Como aliviar a dor
Primeiro, lave levemente todo o local afetado com água do mar. Logo após lave com vinagre e em seguida polvilhe farinha de trigo, que irá grudar e formar uma espécie de papa, retendo assim os espinhos de bolhas. Em seguida, com um palito de picolé, ou espátula, raspe levemente no sentido contrário aos pelos, que, assim, estará retirando as microbolhas sem estourá-las. Dessa forma, com certeza, aliviará imediatamente todos os sintomas, até que a vítima seja levada a um pronto-socorro mais próximo, para receber maiores cuidados.
 
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