QUEIMADAS

Maranhão, é o 3º estado em focos de incêndio no país

Segundo instituto, o estado ocupa a terceira posição no ranking de foco de queimadas no Brasil, perdendo para Mato Grosso e Pará

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Previsões feitas pelo Laboratório de Meteorologia da Universidade Estadual do Maranhão estimam que período seco devem durar até o fim do ano

Maranhão registra 4.363 focos de incêndio nos 20 primeiros dias do mês de setembro. Em setembro de ano passado, esse número correspondeu a, praticamente, todo o mês, que teve 4.373 focos. De acordo com o Portal de Monitoramento de Queimadas e Incêndios, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, em 2015, o Maranhão ocupa a terceira posição no ranking de focos de queimadas no país, atrás apenas dos estados do Mato Grosso e Pará.

Ainda com informações do Portal, nas últimas 48 horas, três cidades maranhenses figuravam na lista dos municípios brasileiros que mais possuem focos de queimadas: Buriti Bravo (31), Mirador (23) e Riachão (23). Em agosto, os 5.233 focos de queimadas superaram a média nacional, que era de 2.952.
O meteorologista Márcio de Aquino Elói, do Laboratório de Meteorologia da Universidade Estadual do Maranhão, alertou para a causa das incidências dos focos de queimadas. “Nós tivemos, desde 2012, chuvas somente na estação chuvosa. De janeiro a julho deste ano, tivemos uma baixa. Então por exemplo, é natural dizer que a gente vai experimentar a cada ano seco, que é o caso deste que não choveu satisfatoriamente no período certo, condições bem mais favoráveis à queimada: choveu abaixo da climatologia, então o solo está mais seco do que deveria para este período, são fatores que intensificam esse risco”, explicou.
Márcio Elói destacou que o período seco ainda deve perdurar até o fim do ano e que o norte do Maranhão deverá permanecer seco e com possibilidades de queimadas. Ele afirmou também que as alterações deverão acontecer somente a partir de novembro, na região sul do estado.
O meteorologista prevê que o próximo também tenha as mesmas características. “A gente tem a expectativa de um novo ano seco para 2016. Tivemos um quadriênio seco e provavelmente formaremos um quinquênio seco para o Maranhão”, afirmou.
Causas
As causas para o fenômeno, de acordo com as previsões, são alterações nos elementos climáticos.
“O Painel Governamental das Mudanças Climáticas aponta para o Maranhão predominância de ano seco. Os elementos continuam ativos, com comportamentos atípicos, como repetições de El Niño, comportamento atípico do Oceano Atlântico dificultando a atuação da Zona de Convergência Intertropical. A Zona continua existindo, mas o deslocamento dela não foi satisfatório para o sul do Maranhão, ocasionando poucas chuvas.
É capaz que as queimadas venham a se intensificar. Principalmente no centro-norte, porque a transição na região sul ainda deve acontecer este
O tempo quente e seco tem contribuído para aumento das queimadas.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no final do mês de agosto no Maranhão, pela primeira vez, apareceram na lista municípios do sul do estado.
Cidades como Alto Parnaíba, Carolina, Riachão e São Raimundo das Mangabeiras têm sofrido com as queimadas.
Inpe registra queimadas no sul do estado
O tempo seco facilita o surgimento de focos de queimadas. Em Balsas, o perigo é maior por causa das áreas agrícolas que podem ser atingidas.
No final de agosto, um incêndio de grandes proporções atingiu parte de uma reserva de eucalipto. Foram 700 hectares destruídos pelo fogo. Os bombeiros demoraram mais de três horas para conter as chamas.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), na época, Grajaú foi a 10ª cidade do país com o maior número de focos de queimadas: 614. Em agosto de 2015, o Maranhão registrou 5.233 focos de incêndios florestais; um grande salto comparado ao mês de julho, quando se registrou 1.642.
Os números colocaram o estado em segundo lugar na lista de número de focos em agosto e em terceiro na lista referente aos incêndios registrados de janeiro a agosto de 2015.
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