Na manhã desta segunda-feira, a categoria da Polícia Civil deflagrou greve em todo o estado por tempo indeterminado. Os grevistas reivindicam uma política de remuneração para que possam ser restruturadas as tabelas apresentadas pelo governo do Maranhão. Além de melhores condições de trabalho, aumento do efetivo policial e que presos deixem de cumprir pena em delegacias. Na capital, a categoria se reuniu em frente ao Plantão Central de polícia do Parque do Bom Menino, no Centro, onde estiveram com faixas e carro de som explicando a motivação do movimento grevista.
Apenas delegados e peritos não aderiram à greve. De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Maranhão (Sinpol-MA), apenas 30% do efetivo vão estar nas delegacias e regionais para atendimento de crimes contra vida, relacionadas a lei Maria da Penha e crimes contra idosos, conforme é previsto em lei. No Estado, a categoria é formada por 2.116 membros entre policiais civis, escrivães, motoristas, peritos, delegados, e outros.
“Queremos que durante esses quatro anos possa ser implantado uma política de remuneração decente, justa com os nossos policiais. Esperamos que o governador Flávio Dino possa colocar em pauta prioridade a valorização da Polícia Civil. Esperamos que haja uma resolução para estes problemas, para esse impasse e contamos que o governador e os secretários se sensibilizem. Nós queremos que o governador estabeleça uma política remuneratória descente, para que no final do governo Flávio Dino possamos estar com uma remuneração condizente com a complexidade da função policial”, relatou o presidente do Sinpol-MA, Heleudo Moreira.
De acordo com Moreira, antes da realização da greve foram realizadas várias assembleias com o governo, porém não chegou nenhuma decisão. Foi marcada para tarde de hoje, outra assembleia geral com membros do executivo. “Dada essa indecisão ou indefinição, deflagramos esse movimento de greve. Em todo o estado do Maranhão o movimento é coeso. Esperamos que possa chegar a um consenso e possamos resolver com mínimo de tempo essa questão”.
De acordo com o Sinpol-MA, na última reunião, o governo garantiu que até o dia 30 de junho daria um posicionamento sobre os pleitos da categoria. Como isso não aconteceu, a categoria deu início à paralisação.
Em nota, o Governo do Estado informou que as negociações com o movimento grevista ainda estão acontecendo, contudo, esclareceu que logo no mês de maio, todos os membros de carreira da Polícia Civil do Maranhão foram contemplados com recomposição salarial. Por meio da Lei nº 10.266, de 24 de junho de 2015, mais de três mil servidores ativos e inativos dos Subgrupos Atividades de Polícia Civil (APC) e Processamento Judiciário (APJ) da Polícia Civil foram beneficiados com a recomposição em benefícios que, somados, variam de 20% a 38%.
Neste período de greve, as demandas da Polícia Civil devem ser encaminhadas para os plantões de Polícia:
– Em São Luís: Cidade Operária, Vila Embratel, Parque do Bom Menino e Cohatrac.
– No interior do Estado: Delegacias Regionais