FÉ E DEVOÇÃO

Festejo de São José de Ribamar começa na próxima sexta-feira

O Festejo comemora 100 anos de edificação da Igreja. A programação contempla missas, romarias e simpósio sobre a história do lugar

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“São José de Ribamar, padroeiro do Maranhão, 100 anos de evangelização”. Este é o tema da edição 2015 da maior festa religiosa do Maranhão, que acontece de 28 de agosto a seis de setembro, na cidade-santuário.

“Este ano, nosso tema faz referência aos 100 anos de construção de nossa atual igreja-santuário”, explica o reitor, Padre Cláudio Roberto. Na ocasião, a paróquia buscou rememorar o centenário do templo com uma programação diferenciada, contemplando exposições, formação e muita espiritualidade.
Festejo de São José de Ribamar começa na próxima sexta-feira
Na manhã desta quarta-feira, fiéis do santo padroeiro do Maranhão participaram da lavagem da Igreja Matriz de São José de Ribamar, ato tradicional e preparatório para o festejo de São José de Ribamar 2015. A expectativa é de que mais de 200 mil pessoas visitem o município durante os dez dias do festejo.
A programação do evento contará com mais de 50 missas, seis romarias e deve atrair mais de 200 mil pessoas em dez dias de programação. “A nossa igreja tem sido um espaço de grandes comprovações do carinho e da ternura paterna de Deus. Aqui se evidenciam milagres, curas e bênçãos”, afirma Padre Cláudio Roberto.
Além disso, pela primeira vez, o santuário realizará um simpósio com a participação de padres, historiadores e personalidades que fizeram parte da história do lugar. “Com o centenário, vimos a possibilidade de fomentar um resgate histórico e teológico de nosso templo, além de difundir a devoção ao santo; valorizando a cultura local, aspectos litúrgicos e fornecendo suporte histórico a romeiros e devotos de São José de Ribamar”, garante o vice-reitor do santuário, Padre Gutemberg Feitosa.
Com o lema escolhido, o festejo do padroeiro do Maranhão volta-se mais uma vez à família humana e suas questões sociais e religiosas, que serão abordadas no sínodo de outubro deste ano, uma reunião entre bispos de todo o mundo que abordará os diversos desafios pastorais para a evangelização das famílias. “Através do sínodo, o papa procura as boas experiências realizadas nas dioceses do mundo inteiro para aplicar em toda a igreja”, explica o reitor.
Um século de edificação
Em Março de 1915, iniciava-se a construção da quarta e definitiva igreja de São José de Ribamar, após três tentativas frustradas de construção e posterior desabamento. Naquela época, viu-se que a cidade estava em fase de desenvolvimento e os moradores do então vilarejo decidiram erguer um templo que atendesse aos aspectos arquitetônicos de seu tempo.
“Pelos documentos que encontramos na paróquia e em outros lugares percebemos que os moradores do local quiseram construir uma nova igreja que correspondesse aos padrões estruturais da vila e também para atender à grande demanda de romeiros. Então, o bispo Dom Francisco de Paula e Silva aprovou o projeto do arquiteto J. Fernandes. A obra seria o mais moderno conjunto arquitetônico estilo gótico europeu construído no Maranhão”, conta o historiador Antônio Miranda.
Porém, tendo em vista dificuldades estruturais, agravadas pelas condições precárias de transporte, a obra não avançou, sobrando apenas o alicerce em formato de cruz. “Um novo projeto foi pensado para aproveitar o alicerce que já estava pronto. Com a permissão do mesmo bispo, as obras tiveram início, com nova arquitetura, em março de 1915”, afirma Antônio.
Gestos concretizam a grande devoção ao santo
Diariamente, romeiros de vários lugares do Brasil acorrem ao Santuário de São José de Ribamar para agradecer bênçãos ou realizar pedidos por intercessão do santo padroeiro do Maranhão. A família de Sâmia Rodrigues, por exemplo, vai voltar para o Rio de Janeiro de veículo próprio e aproveitou a oportunidade para benzer o carro. “A gente confia no poder de Deus e pede as bênçãos dele para nos orientar na estrada”, diz.
Outro gesto peculiar dos devotos é ter o próprio santo como padrinho, como a devota e afilhada Gracimar Moreira, natural de Codó. “Ele é meu padrinho e, claro, todo dia peço graças e bênçãos para mim e minha família. Mas, sempre que podemos, estamos na igreja para participar da missa”, comenta.
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