CUIDADOS

Especialistas em saúde e beleza, orientam para o uso de produtos com formol

O formol é um produto cancerígeno principalmente para quem inala a substância diariamente

Tratamento de Cabelos. Salão da Edna. 03_07_2015
 
Há algumas semanas, O Imparcial, publicou uma matéria mostrando o caso da cliente Sinaria Santos Sá, que e teve os cabelos danificados após um procedimento químico, conhecido popularmente por “selagem”. Segundo a vítima, a profissional do salão de beleza apenas fez a mistura e aplicou o produto em seus cabelos sem ter o cuidado em realizar o teste da mecha, técnica muito comum para saber se o cabelo poderia receber ou não determinado tipo química.
Em pouco tempo a cliente sentiu uma queimação no couro cabeludo e fortes dores de cabeça e cheiro de queimado. A cliente perdeu parte do cabelo e estava com ferimentos nas partes onde o produto teve contato. A dona do salão ainda tentou reverter à situação aplicando outros produtos, mas sem sucesso.
Sinaria registrou um Boletim de Ocorrência e entrou com processo contra o salão de beleza, localizado no bairro São Bernardo, em São Luís.
Casos como este chamam a atenção por ser comum mulheres realizarem esse tipo de procedimento e pelo alto risco que os produtos utilizados podem trazer para quem utiliza.
Edina Vale que é cabeleira a mais de 15 anos disse que procedimentos químicos devem ser feitos com cautela. Segundo ela a manipulação de produtos, como no caso citado, podem trazer disciplina, servir para hidratar, dar brilho, como também, pode causar diversos tipos de efeitos colaterais como a queda dos cabelos, principalmente se o procedimento for feito por mãos inexperientes.
“Alguns dizem que é uma selagem, mais na verdade alguns “profissionais” fazem uma escova progressiva que possui além da queratina, o formol na formula do produto. Infelizmente alguns cabeleireiros são enganados por seus fornecedores que vendem produtos supostamente sem formol”, afirma a hair stylist.
Edna Vale, pontua a importância de realizar o teste da mecha no cliente todas as vezes que ele for fazer qualquer tipo de química, pois caso haja um choque entre dois tipos de produtos diferentes, pode haver descamação do couro cabeludo, queimação e queda de cabelo. E caso seja utilizado formol nas formulas dos produtos aplicados o cliente pode ter ardência nos olhos, dores de cabeça, enjoo, vomito e até mesmo desmaio.
“A dica é sempre o cliente está de olho para saber o que o cabeleireiro está passando nos fios. Deve-se sempre pedir o produto para olhar e se possível anotar ou fotografar o nome” alerta.
Foto: Karlos Geromy / O Imparcial.


Karlos Geromy / O Imparcial

Drª Daniella Spinata, dermatologista.

Segundo a dermatologista, Daniella Spinato, a química pode ser encarada de três formas: uma feita para alisar, descoloração e outra para tintura, é importante sempre guardar o nome do produto que foi utilizado anteriormente.
“As pessoas sempre trocam de salões e de cabeleireiros, e por este motivo é fundamental que sempre tenha o nome do produto usado anteriormente, para também facilitar o trabalho do atual profissional”, enfatiza a dermatologista.
Alguns produtos encontrados no mercado, não descrevem em suas formulas a inclusão do formol, por isso é importante atenção na hora da compra e do que será manipulado no salão de beleza. A dermatologista também afirma que quando se faz um procedimento muito agressivo nos fios à tendência de voltar sempre é maior, pois os cabelos acabam criando uma certa dependência de determinados cuidados para que ele não venha a quebrar.
“Um fio de cabelo que tem química geralmente possui as cutículas abertas e ele acaba sendo fácil de encharcar de produtos e quebrar com facilidade. Por isso é importante que esse cabelo esteja sempre hidratado, apesar dos fios mais fortes serem aqueles que estão nascendo e os fios com químicas são considerados menos saudáveis” .
De acordo com a médica o formol é o pior tipo de alisante, pois é um produto cancerígeno principalmente para os profissionais que trabalham na manipulação e inalam a substância diariamente.
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