Levantamento da Secretária de Estado de Saúde (SES), divulgado recentemente, revela que no Maranhão entre os meses de janeiro até o início do mês de julho, foram confirmados 10 casos da síndrome de Guillain-Barré, três em São Luís.
A síndrome de Guillain-Barré não tem uma causa definida, mas ela se apresenta normalmente após o paciente ter apresentado quadro de infecção. Segundo nota da SES, nos 10 casos confirmados da doença no Maranhão, seis pacientes relataram ter apresentado sintomas do Zika vírus ou Dengue há 20 dias antes da síndrome de Guillain-Barré se manifestar. Assim, a síndrome de Guillain-Barré ocorre após uma infecção viral ou bacteriana.
Essa é uma doença auto-imune, ou seja, o sistema imunológico ataca e destrói tecidos saudáveis do corpo por engano e ela pode apresentar diferentes graus de agressividade, provocando apenas leve fraqueza muscular em alguns pacientes ou casos de paralisia total dos quatro membros. O principal risco da doença está nos casos em que há acometimento dos músculos respiratórios e da face, provocando dificuldade para respirar, engolir e manter as vias aéreas abertas. Nesse último caso, a síndrome pode levar à morte por insuficiência respiratória.
Essa é uma doença não transmissível, que afeta os nervos motores e a pessoa acometida pode ter paralisia, porém, sem perda de sensibilidade. Os principais sintomas da doença são: fraqueza muscular, formigamento, sensação de “comichão na pele”, desequilíbrio e paralisia. Os sintomas normalmente começam pelas pernas, podendo em seguida irradiar para o tronco, braços e face.
O Ministério da Saúde (MS) disponibiliza no Sistema Único de Saúde (SUS), 35 procedimentos para tratamento da síndrome, entre diagnósticos, clínicos, cirúrgicos, reabilitação e medicamentos. A medicação mais utilizada é a base imunoglobulina.
A Superintendência de Vigilância Epidemiológica, a SES, juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde (Semus), realiza permanentemente a investigação de paralisias flácidas agudas, seguindo normas estabelecidas pelo MS para identificação de possíveis casos de Poliomelite. Apesar da doença já ter sido erradicada no Brasil, a vigilância é constante devido existência de focos da Poliomelite no continente africano. Esse mesmo sistema de identificação permite visualizar outras síndromes neorológicas, dentre as quais está a Guillain-Barré.
A SES orienta que as pessoas mantenham todos os cuidados para evitar a Dengue, Zika e Chicungunya, principalmente não deixando água parada para que não haja proliferação do mosquito Aedes Aegypt. Dessa forma, pode-se evitar essas doenças e suas complicações.
É importante procurar um hospital, imediatamente, assim que surgirem os primeiros sintomas da síndrome de Guillain-Barré. A doença tem cura, mas precisa ser tratada no início.