SEGURANÇA

Polícia Militar reforça policiamento na Vila Esperança após ações criminosas na região

Medida foi anunciada em reunião entre diretores do Campus Maracanã, estudantes, representantes do bairro e do Comando de Policiamento de Área Metropolitana

Reunião no IFMA discute segurança pública na Vila Esperança, após assalto a estudantes
Em reunião, realizada ontem, dia 16, para tratar da segurança no entorno do Instituto Federal do Maranhão (IFMA) – Campus Maracanã, o comandante de Policiamento de Área Metropolitana-3 (CPAM-3), coronel Egídio Soares, garantiu que será direcionada uma viatura ao local nos horários de chegada e saída de estudantes e servidores, apontados pela Direção Geral da instituição como os momentos de maior ocorrência de assaltos. Na manhã da última quinta-feira (11), alunos foram vítimas de assaltantes no ponto final da linha de ônibus Vila Esperança, bairro onde fica o campus.
Participaram da reunião diretores e estudantes do campus, representantes da comunidade Vila Esperança e da Polícia Militar (PM). Foi reforçada a informação de que se tornaram constantes os assaltos a ônibus e nas paradas que ficam na região. “A viatura que fazia a ronda aqui parou de vir tem uns três meses. Às vezes, fazemos também a chamada, mas a viatura não vem”, denunciou o líder comunitário Francisco das Chagas Oliveira.
O coronel Egídio, que assumiu há um mês o CPAM-3, que compreende o recém-criado 21º Batalhão, abrangendo desde o São Cristóvão até a Estiva, disse que ainda está levantando os motivos da retirada da viatura e dos 12 homens que faziam o policiamento na região. “A presença ostensiva das viaturas inibe a ação dos marginais. A comunidade não pode ficar desprotegida”, afirmou o coronel.
Segundo o comandante, o maior problema enfrentado pela Polícia Militar no Maranhão, atualmente, está relacionado ao efetivo. São apenas 8 mil policiais para atender aos 217 municípios do Estado. Ele reconheceu, por exemplo, que o ideal seria ter pelo menos uma viatura com três ou quatro policiais em cada bairro, o que não acontece em São Luís. “Temos deficiências, mas também temos boa vontade. Somente nos últimos meses, apreendemos 479 armas de fogo. Com certeza, salvamos a vida de alguém”, disse.
O diretor geral em exercício do IFMA – Campus Maracanã, José Zenóbio de Souza, levantou a possibilidade de oferta de espaço na área da instituição para que seja construído um ponto de apoio à PM. A sugestão será levada ao Comando Geral para análise. Também ficou acordado que o campus encaminhará documento à Secretaria Estadual de Segurança Pública, para solicitar o reinício do processo de formação do Conselho Comunitário da Vila Esperança e ainda uma audiência pública com o secretário, Jefferson Miler Portela e Silva.
Combate ao tráfico de drogas
 
A maioria dos crimes que têm acontecido em São Luís, de acordo com o coronel Egídio, tem relação com o tráfico de drogas. Os representantes da Vila Esperança confirmaram que são intensos o consumo e a venda de entorpecentes na região, inclusive na praça que foi construída pela própria comunidade. Para o combate mais efetivo a essa situação, o comandante disse que será implantado um serviço de inteligência próprio da CPAM-3. Ele ressaltou, ainda, a necessidade de parceria com a comunidade e com outros agentes públicos, como o Ministério Público, o Judiciário e Polícia Civil.
O coronel comprometeu-se a ministrar palestras aos pais e estudantes do Campus Maracanã, abordando a influência que as drogas têm no aumento da violência. Será uma oportunidade de aproximação entre a comunidade do campus e a Polícia Militar. “Vamos trabalhar para reduzir os índices de criminalidade na Vila Esperança”, reforçou o major Prado, que responde pelo 21º Batalhão.
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