IBGE divulgou, nessa quarta-feira (6), a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua) Turismo – 2020/2021, com informações sobre origens e destinos, meios de transporte mais usados, locais de hospedagem, principais motivos para viajar e, no caso de não ter havido nenhuma viagem, as principais razões disso. A investigação sobre os gastos turísticos são uma novidade dessa divulgação.

As regiões mais visitadas no Brasil, em 2021 foram a Região Sudeste (40,9%), seguida pela Nordeste (28,2%), Região Sul (17,3%), Centro-Oeste (7,0%) e Norte (6,6%). Na análise dos estados mais buscados pelos viajantes como destino, o Maranhão figura como o 14º destino mais procurado, com 2,3%. São Paulo está em primeiro lugar, com 20,6%, seguido por Minas Gerais (11,4%) e Bahia (9,5%).

De acordo com João Ricardo Costa Silva, analista do IBGE, a PNAD Contínua -Turismo entrega um amplo volume de dados, caracterizando uma visão abrangente sobre os hábitos de turismo da população. 

“Os números apresentados são uma fonte relevante para os gestores públicos, trade turístico e pesquisadores da temática, sendo proeminentes subsídios de dados primários para elaboração e avaliação de planos, metas e ações atinentes ao setor de turismo”, enfatizou.

O IBGE ressalta que os anos de 2020 e 2021 foram marcados pela pandemia da Covid–19 e, portanto, os resultados podem refletir uma mudança de comportamento em decorrência das  restrições impostas pela crise sanitária.

O Maranhão também foi o 8º estado com a menor proporção da ocorrência de viagem. De acordo com os resultados divulgados, em 88,3% dos lares maranhenses, nenhum morador viajou em 2021 (no período de referência da pesquisa), comparando aos números dos outros estados.

Dentre as razões para a falta de viagem, entre os entrevistados maranhenses, os principais motivos foram a falta de dinheiro ou não ter havido necessidade. No Maranhão, em 42,7% dos domicílios se afirmou que nenhum morador teve necessidade de viajar, sendo o principal fator, seguido da falta de dinheiro (25,5%).

Principal finalidade da viagem realizada 

Em 2021, dentre os 11,7% de domicílios do Maranhão em que algum morador viajou, em 88,4% dos lares a finalidade da viagem foi pessoal e em 11,6% a finalidade foi profissional.

No Maranhão, nos domicílios em que algum morador viajou com finalidade pessoal, em 45,9% deles, o motivo da viagem foi tratamento de saúde e consulta média; em 28,5%, o motivo foi visita ou evento de familiares e amigos; em 15,5%, lazer; e 10,1%, o motivo foi outro.

Meios de transporte e gastos em viagens

Quanto aos meios de transporte utilizado pelos viajantes, no Brasil, o carro particular ou de empresa foi o principal transporte utilizado para viajar, seguido pelo ônibus de linha. No Maranhão, em 2021, a distribuição percentual foi bastante equitativa, sendo liderada pelo uso do ônibus de linha, com 29,8%. 

O carro particular ou de empresa, foi o segundo meio de transporte mais utilizado, com 26,3%. Na sequência van ou perueiro, 16,6%; avião, 5,3%; motocicleta, 5,4%; ônibus de excursão, fretado ou turismo, 3,9%; outro, 14,1%.

E quando se trata de gastos de viagens, no ano passado o gasto total médio das viagens nacionais com pernoite, realizadas pelos moradores do domicílio nos três meses que antecederam a entrevista, foi estimado em R$ 1.331,00.

Foram estimados os gastos per capita diários médios por Unidade da Federação de destino em 2021. 

Neste caso os maiores gastos foram registrados no Distrito Federal (R$ 2.240,00), no Acre (R$ 2.003,00) e em Santa Catarina (R$ 1.675,00). Os menores gastos per capita diários médios, estimados nas Unidades da Federação, foram registrados no Maranhão (R$ 844,00), Ceará (R$ 817) e Bahia (R$ 755).