Com metade da capacidade, atrativos de Riachão reaquecem turismo na região Sul
Conheça os principais pontos turísticos com novos roteiros do ecoturismo em Riachão, no coração da Chapada das Mesas
Paisagens exuberantes, cheias de trilhas, cachoeiras, cânions e poços de águas cristalinas formam a combinação perfeita para os amantes do ecoturismo na região sul do Maranhão.
Além de Carolina, Riachão é um dos municípios que integram o Parque Nacional Chapada das Mesas onde estão localizados os atrativos mais conhecidos da região, como Poço Azul e Encanto azul.
Após um período de quarentena, a reabertura desses atrativos turísticos e da rede hoteleira da cidade se deu num cenário de incertezas, no mês de junho, mas o crescimento de casos da Covid-19 em municípios do sul do Maranhão obrigou novamente a suspensão das atividades do setor no fim de julho.
Por último, no dia 20 de agosto, um novo decreto municipal permitiu mais uma vez a flexibilização das atividades turísticas, com um retorno mais seguro e medidas mais rígidas de prevenção à Covid-19. Os atrativos estão funcionando com 50% da capacidade, mas a rotina no Parque já deu sinais de reaquecimento com a visitação dos turistas nos feriados recentes, com agendamento prévio dos passeios e ocupação da rede de hospedagem em sua capacidade máxima, garantindo a manutenção dos empregos e fazendo girar a economia das cidades que também sobrevivem do turismo. O uso de máscara é obrigatório para entrada e permanência nos atrativos.
Como chegar em Riachão
Riachão fica distante de Carolina, cidade hospedeira na Chapada das Mesas, cerca de 100 km, em torno de 1h30 minutos de carro pela BR-230. Da capital São Luís são 870 km, com acesso pela BR-010 que passa por Imperatriz. De avião, o principal aeroporto fica em Imperatriz, distante 322 km, com voos diretos em dias alternados para algumas capitais como Brasília (DF), Belém (PA) e São Luís (MA). Riachão está a 70 km de Balsas, a capital da soja maranhense, com acesso pela rodovia transamazônica, a BR-230. Outra forma de organizar o passeio incluindo o traslado até os atrativos é com a contratação de agências de turismo.
Época ideal para visitar o parque
Os meses que vão de junho a dezembro são os mais vantajosos para quem quer frequentar o parque porque a estiagem deixa as águas mais cristalinas e os atrativos naturalmente mais bonitos, do que no período chuvoso.
Poço Azul
Um dos mais bonitos cartões-postais da região, na descida ao Poço Azul o turista já pode ir contemplando os paredões rochosos entre a vegetação de cerrado, até avistar uma grande piscina natural com 5 metros de profundidade. A água cristalina tem tons de azul e verde que variam conforme o período de visitação, por causa das chuvas. No Poço Azul desembocam pequenas cachoeiras.
O complexo de Poço Azul dispõe de estrutura com restaurante, banheiros e áreas de descanso e hospedagem, além dos atrativos naturais. É cobrada a entrada no complexo, custa R$60,00 por pessoa (inteira) e as atividades variam entre R$50 e R$ 120, passando por cachoeiras: Santa Paula, Santa Bárbara e dos Namorados e de Santa Luzia.
Encanto Azul
O Encanto Azul fica um pouco distante do Complexo Poço Azul, cerca de 6 km, mas é comum os turistas visitarem as duas atrações no mesmo dia. No percurso há placas indicando o local. Para chegar ao poço de águas transparentes cercado de paredões há uma escada de madeira por vezes bem íngreme que torna o percurso bastante puxado, mas recompensador para quem se desafia e logo encontra um cenário exuberante.
Cachoeira de Santa Bárbara
Localizada no Complexo de Poço Azul, a Cachoeira de Santa Bárbara é a mais alta da região, com uma queda d’água de aproximadamente 70 metros de altura formando um lago de águas escuras e frias. A imagem lembra uma santa, que deu nome ao atrativo, e o acesso é feito por trilhas de pontes de madeira suspensas. Além da gruta Santa Bárbara, em algumas épocas do ano os visitantes são recebidos pelos andorinhões do cerrado que fazem revoadas em volta dos paredões da cachoeira.
Novos roteiros
Novos atrativos estão em formatação pela superintendência do Polo da Chapada das Mesas, com melhor estruturação para a visitação, para um roteiro integrado de atividades na baixa temporada, mas os aventureiros já podem conferir de perto o Boqueirão e a Cachoeira dos Picos, que divide Riachão e a cidade de Nova Carolina. Em Riachão tem também as cachoeiras da Sacada e da Aldeia, e o Buraco das araras, que já fica próximo do limite do Parque e é um ponto de observação de aves, o chamado Bird Watch.
“Além da questão da infraestrutura, a gente quer transformar também esses atrativos em produtos, para que as agências e operadoras possam oferecer esses atrativos para os seus clientes. Já estão sendo sinalizados esses pontos pela integração entre as cidades de Fortaleza dos Nogueiras e Riachão, já que a Cachoeira dos Picos está no caminho, embora a gente não tenha uma infraestrutura de acesso, já há uma procura das atividades. Nas outras, da Aldeia, da Sacada, já acontece uma visitação maior com a redução da capacidade de carga, percebemos que esses atrativos pequenos começaram a se potencializar na pandemia. O Buraco das Araras tem uma incidência de arara-azul e está sendo estudado, tem uma fenda na rocha onde elas sobrevoam e no fim da tarde apresenta um espetáculo muito bonito”, disse Beto Kelnner, superintendente do Polo da Chapada das Mesas.