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São Luís sediará a 9ª edição do Fórum Internacional de Patrimônio Arquitetônico

A capital maranhense será a primeira cidade do Nordeste brasileiro a sediar o evento, entre os dias 14 a 16 de junho.

Rua Portugal. localizada no Centro Histórico de São Luís. (Foto: Reprodução)

A 9ª edição do Fórum Internacional de Patrimônio Arquitetônico (FIPA) está marcada para ocorrer em São Luís, de 14 a 16 de junho. Este evento anual, que promove um intercâmbio entre Brasil e Portugal, será realizado pela primeira vez na capital maranhense, tornando-se a primeira cidade do Nordeste brasileiro a sediar o FIPA.

Com o tema “Diversidade em Diálogos Permanentes”, o FIPA contará com a participação de 32 palestrantes, dezenas de representantes de prefeituras de outros Estados e mais de 100 pessoas do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU-BR). No total, são mais de 600 pré-inscritos. O evento ocorrerá presencialmente e também será transmitido ao vivo pelo YouTube, por meio do canal @fumph8125.

Durante o fórum, serão realizadas discussões sobre ações sustentáveis, bem como a proteção e valorização do patrimônio arquitetônico local, brasileiro e internacional. Serão apresentadas práticas bem-sucedidas que integram arquitetura e patrimônio cultural, envolvendo diálogos com as comunidades técnica, científica e institucional.

Além dos especialistas, o FIPA busca conscientizar o público em geral sobre a responsabilidade e o papel de cada cidadão na proteção e divulgação das riquezas da “Cidade dos Azulejos”, como São Luís é conhecida. Em 1997, a Unesco declarou a capital maranhense como Patrimônio Mundial.

Um dos pontos destacados pelo FIPA é a importância cultural e histórica do patrimônio material e imaterial, bem como sua conservação e utilização pela sociedade não apenas no Brasil e em Portugal, mas em todo o mundo.

A escolha de São Luís para sediar o FIPA deste ano foi influenciada pela arquitetura e pelo patrimônio cultural da cidade. A mistura multicultural e arquitetônica da “Cidade dos Azulejos” representa a preservação do patrimônio e a memória da identidade de diversos povos, fortalecendo os laços entre Brasil e Portugal.

A abertura do 9º FIPA acontecerá no Teatro da Cidade, no dia 14 de junho, com a palestra inaugural do presidente do Conselho Diretivo Nacional da Ordem dos Arquitetos de Portugal, o renomado arquiteto Gonçalo Byrne. Sua palestra abordará a temática “Vulnerabilidade e Resiliência do Patrimônio Arquitetônico Construído no Brasil”.

O FIPA Brasil oferecerá uma programação diversificada, incluindo oficinas técnicas, palestras, minicursos e atrações culturais. A maioria das atividades ocorrerá na Faculdade de Arquitetura da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), localizada na Rua da Estrela, no Centro Histórico de São Luís.

O FIPA coincidirá com as celebrações do São João, período em que São Luís vivencia a manifestação máxima do Complexo Cultural do Bumba-meu-boi do Maranhão, reconhecido pela Unesco como Patrimônio da Humanidade desde 2019.

Para marcar o encerramento das atividades do 9º FIPA, a Prefeitura de São Luís, por meio da Fundação Municipal de Patrimônio Histórico e da Secretaria Municipal de Cultura, prestará uma homenagem especial ao mestre José de Jesus Figueiredo, popularmente conhecido como Zé Olhinho, amo do boi de Santa Fé.

Zé Olhinho, que completa 80 anos de vida e 62 anos de cantoria, será homenageado por sua contribuição ao folclore maranhense e ao Bumba-meu-boi. Ele começou a brincar com o boi ao lado de seu pai aos sete anos e, aos 12, já liderava as toadas quando ainda vivia na cidade de São Vicente de Férrer. A cerimônia de homenagem acontecerá no arraial da cidade, na Praça Maria Aragão, no dia 16 de junho, às 22h.

Essa iniciativa destaca a importância de valorizar e preservar as expressões culturais tradicionais, como o Bumba-meu-boi, que fazem parte do patrimônio imaterial do Maranhão e são fundamentais para a identidade e o orgulho cultural da região.

O FIPA 2023, por meio de suas discussões e eventos, busca promover a conscientização sobre a importância da preservação do patrimônio arquitetônico e cultural, bem como celebrar a diversidade e as tradições culturais que enriquecem nossa sociedade. É uma oportunidade única de aprendizado e diálogo para arquitetos, urbanistas, gestores públicos e todos os interessados na proteção e promoção do patrimônio.

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