cibersegurança

Confira 6 dicas de como identificar uma deepfake na internet

Governador do Maranhão é vítima de deepfake; Especialista em cibersegurança explica como se atentar aos sinais do golpe.

Foto: Istock

Nos últimos anos, a tecnologia avançou rapidamente. Criaram-se, a partir disso, textos, imagens e vídeos com uma maior precisão devido ao crescimento da Inteligência Artificial (IA).

No entanto, criminosos também têm se aproveitado dessas ferramentas para adulterar áudios, imagens e vídeos, ocasionando  um aumento significativo dos casos de golpes baseados em deepfakes.

De acordo com o Relatório Global de Ameaças da ESET, o uso de deepfakes por cibercriminosos cresceu 335% no segundo semestre de 2024. Os golpes, que antes eram direcionados a usuários de redes sociais por meio de imagens manipuladas, agora utilizam a imagem e a voz de figuras públicas para dar uma falsa legitimidade a fraudes.

Entre os principais alvos estão alvos como Neymar, Eliana, Ana Maria Braga, Ivete Sangalo, Mano Brown e, mais recentemente o governador do estado do Maranhão, filiado ao Partido Socialista Brasileiro, Carlos Brandão, cujas vozes e imagens são recriadas digitalmente para promover esquemas fraudulentos, como falsas oportunidades de emprego, jogos online suspeitos e plataformas de apostas inexistentes.

“Os cibercriminosos gravam cortes de podcasts, pegam imagens em diferentes ângulos e utilizam IA para gerar áudios e imagens que imitam a voz e a aparência das celebridades, como se ela estivesse promovendo o golpe. Depois, usam ferramentas de anúncios pagos para disseminar esses conteúdos fraudulentos e atrair vítimas”, explica a especialista em cibersegurança, Ana Vitória.

Como identificar deepfakes?

  • Movimentos oculares e piscadas: deepfakes costumam ter dificuldade em replicar movimentos naturais dos olhos.
  • Expressões faciais rígidas: o rosto pode parecer artificial ou pouco expressivo.
  • Sincronização labial imperfeita: o movimento da boca pode não corresponder ao áudio.
  • Iluminação e textura da pele: muitas vezes, a luz parece irrealista e a pele excessivamente lisa.
  • Áudio fora de sincronia: a voz pode parecer robótica, formal demais ou diferente do tom usual da pessoa.
  • Movimentos corporais estranhos: pequenas inconsistências podem denunciar a manipulação.

“A atenção a esses detalhes pode ajudar os usuários a se protegerem e tornarem sua experiência digital mais segura”, destaca Ana Vitória.

Com a popularização das deepfakes, a conscientização e o senso crítico se tornam importantes para evitar cair em fraudes. Se um vídeo parecer suspeito, a recomendação é sempre buscar fontes oficiais antes de acreditar ou compartilhar o conteúdo.

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