Mais uma vez o lançamento do foguete em Alcântara é adiado
O motivo da mudança foi a necessidade de realizar um novo exame de válvula do foguete.
O lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-TL no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, previsto para ocorrer nesta terça-feira (20), foi adiado mais uma vez. A nova data e horário ainda deve ser definida pelas equipes do CLA.
A primeira data prevista para lançar o foguete foi na segunda-feira (19), que foi adiada em razão de uma mudança climática marcada por fortes chuvas na região. De acordo com a Innospace, o novo adiamento se deu pela necessidade de realizar um novo exame na válvula do foguete.
A nova data limite é nessa quarta-feira (21), quando a Terra está numa posição favorável ao lançamento.
Saiba mais sobre o foguete
A missão visa a testar o funcionamento do foguete sul-coreano e também leva ao espaço o Sistema de Navegação Inercial (SISNAV), desenvolvido por militares brasileiros com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e Agência Espacial Brasileira (AEB), vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Segundo a pasta, o lançamento depende das condições meteorológicas.
O SISNAV é um experimento nacional para a navegação autônoma de foguetes, desenvolvido pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), da Força Aérea Brasileira, dentro do projeto Sistema de Navegação e Controle (SISNAC). A tecnologia fará parte do Veículo Lançador de Microsatélites (VLM).
Com o lançamento, serão obtidos dados de voo que avaliam como o sistema se comportou em condições específicas de temperatura e pressão. Não haverá operação de resgate, pois os dados de voo serão coletados por telemetria. A carga útil pesa 20kg e tem dimensões de 310 × 400 × 280 mm3.
O gerente do projeto SISNAC, major Bruno Távora, afirmou que esta será a primeira oportunidade de avaliar o comportamento da tecnologia em ambiente real de voo.
“Um sistema de navegação inercial é um componente crítico para os veículos de acesso ao espaço desenvolvidos pelo IAE, pois não são encontrados na indústria nacional. Por esta razão, o IAE iniciou há alguns anos o desenvolvimento do seu próprio produto, o SISNAV, utilizando sensores inerciais desenvolvidos pelo Instituto de Estudos Avançados e produzidos nacionalmente”, descreve.