GRAVIDEZ

Mortalidade materna reduz em 13% no Maranhão

Dados são de 2022 em comparação a 2021, no Maranhão e na capital São Luís, onde a redução foi de cerca de 13%, embora o cenário no Brasil seja de aumento.

A hemorragia pós-parto é uma das principais causas de mortalidade materna no mundo. (Foto: Reprodução)

No próximo dia 28, o Dia Nacional de Luta pela Redução da Mortalidade Materna destaca a importância dos cuidados no período pré-natal e no pós-parto para a saúde da mãe e do bebê.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu mortalidade materna como “a morte de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o término da gestação, independente da duração ou localização da gravidez, devida a qualquer causa relacionada com ou agravada pela gravidez ou por medidas em relação a ela, porém não devida a causas acidentais ou incidentais”.

No mundo, cerca de 830 mulheres morrem todos os dias por complicações relacionadas à gravidez ou ao parto. De acordo com um estudo publicado, em Genebra, Suíça, pelas Nações Unidas e o Banco Mundial, o Brasil teve um aumento de 5,4% no número de mortes materna nos últimos vinte anos. Na média de todos os países, houve queda de 34% nas últimas duas décadas.

No Maranhão, esse número vem reduzindo, embora o cenário no Brasil seja de aumento, potencializado pelo período da pandemia de Covid 19. Em 2022, de acordo com o Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna, houve 2.260 óbitos no Maranhão, sendo que em São Luís foram 513. No Nordeste, os estados que mais apresentaram registros foram: Bahia, com 5.159; Pernambuco, 3.137; Ceará, 2.823; e Maranhão, 2.260.

No ano de 2021, foram 2.606 óbitos no estado, e 588 em São Luís, uma redução de 13% e 12%, respectivamente. De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde, em 2017, a taxa de mortalidade infantil no Maranhão era de 15,82%, percentual que foi diminuindo ao longo dos anos e em 2021 chegou a 13,45%. A meta é reduzir essa mortalidade em 5% ao ano.

Para isso, o Governo informou, ainda no ano passado traça como estratégias de prevenção e controle da mortalidade no estado do Maranhão, a ampliação da rede hospitalar, por meio das maternidades, além do fortalecimento da rede ambulatorial especializada, como as policlínicas, que impactam no pré-natal especializado.

Conheça as principais causas do problema

A hemorragia pós-parto é uma das principais causas de mortalidade materna no mundo. No Brasil ela ocupa o segundo lugar, perdendo apenas para a hipertensão. Esse tipo de hemorragia é caracterizado como a perda sanguínea maior que 500 ml no pós-parto vaginal ou maior que 1000 ml na cesariana.

A morte materna é definida como morte de mulheres durante a gravidez ou até 42 dias após o término da gestação, sendo suas principais causas complicações obstétricas, relacionadas a gestação e ao puerpério ou devido aos tratamentos disponibilizados e omissões. 

Essas características se encaixam na denominação de morte materna obstétrica direta, que consta no Manual dos Comitês de Mortes Maternas, e no Brasil é a responsável pela elevação do número de óbito entre mulheres, que poderiam ser evitadas com acompanhamento e assistência adequada.

Destaca-se que o sangramento pós-parto existe e é conhecido como lóquio, que pode durar algumas semanas e é caracterizado por saídas de sangue como a menstruação, o que é considerado normal. 

Quando a quantidade é excessiva pode ser um sinal de hemorragia, portanto sua causa deve ser identificada e o tratamento deve ocorrer o mais rápido possível. “Vários fatores podem contribuir para o aumento da hemorragia pós-parto, como o atraso na identificação e tratamento de complicações obstétricas, condições de saúde preexistentes como anemia, coagulopatias, ou hipertensão têm maior risco de desenvolver hemorragia pós-parto. E durante a pandemia vimos aumento dos quadros hipertensivos durante a gestação, muito relacionado ao status pró-inflamatório após a infecção viral, além da falta de acesso a cuidados pré-natais de qualidade”, destaca Eduardo Cordioli, Diretor Médico de Obstetrícia do Grupo Santa Joana.

Como estratégia de prevenção, o pré-natal deve ser priorizado e considerado como parte fundamental dos cuidados com a mãe e o bebê. Somente com acompanhamento de qualidade, com equipes capacitadas que promovam e conscientizem sobre a saúde materna é possível verificar precocemente fatores de risco e prevenir complicações futuras.

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