ESTIMATIVA

Entre 800 mil e 2,5 milhões de pessoas vivem com o vírus HTLV no Brasil

Maioria das pessoas não apresenta sintomas, mas aquelas que apresentam podem desenvolver manifestações clínicas graves.

É necessário tomar cuidado com a IST, mas o compartilhamento de seringas também transmite o vírus. (Foto: Freepik)

Silencioso, o vírus HTLV geralmente não causa problemas sérios de saúde. Porém, entre 5% e 10% das pessoas infectadas podem manifestar doenças graves, como mielopatia, doença neurológica degenerativa grave ou leucemia das células T (um câncer agressivo que pode ser fatal).

No Brasil, entre 800 mil e 2,5 milhões de pessoas vivem com o vírus, mas é possível que esse quantitativo seja subestimado, já que muitas vezes o diagnóstico só ocorre na doação de sangue.

O HTLV (vírus linfotrópico de células T humanas) foi o primeiro retrovírus humano oncogênico causador de doença infecciosa, descoberto na década de 80. A detecção só foi possível a partir de 1983, quando foram introduzidos testes sorológicos para a avaliação da disseminação do vírus. No Brasil, estes testes foram introduzidos em 1993, sendo obrigatórios em todos os bancos de sangue.

O vírus é classificado a partir de dois grupos: o HTLV-I e o HTLV-II e estes são transmitidos a partir das seguintes situações:

-Transmissão vertical (de mãe infectada para o bebê) durante a amamentação e raramente durante a gestação;
-Relação sexual desprotegida (sem uso de camisinha) com parceiro infectado;
-Compartilhamento de seringas e agulhas.

Sintomas

A maioria das pessoas não apresenta sintomas, mas aquelas que apresentam podem desenvolver manifestações clínicas graves, como alguns tipos de câncer, problemas musculares, nas articulações, nos pulmões, na pele, nos olhos, além da síndrome de Sjögren, uma doença autoimune que destrói as glândulas que produzem a lágrima e a saliva.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é realizado por meio de imunoensaios e testes complementares, quando indicado. Quando diagnosticado HTLV na gestação, recomenda-se não amamentar. Nesses casos, deverá ser feito o uso de fórmula láctea para evitar a transmissão para a criança.

Ainda não foi descoberta uma solução terapêutica definitiva para eliminar o vírus completamente do organismo infectado. Por isso, o tratamento é direcionado de acordo com a doença relacionada ao HTLV. A pessoa deverá ser acompanhada nos serviços de saúde do SUS e, quando necessário, receber seguimento em serviços especializados para diagnóstico e tratamento precoce de doenças associadas ao HTLV.

Saiba mais sobre as IST

Na última sexta-feira (17), o Ministério da Saúde lançou a campanha “Voltou o carnaval e com camisinha a alegria é geral”. O objetivo é promover ações de prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis durante o período de folia. No mês de fevereiro, uma série de publicações sobre IST estarão disponíveis no portal gov.br/saude. Acompanhe.

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