Saiba a importância e quais são as principais vacinas nos primeiros meses de vida das crianças
No Brasil, a imunização em massa já foi responsável pela erradicação de doenças como a poliomielite e a varíola.
A pandemia da Covid-19 não foi nenhuma novidade como crise sanitária em nossa história. Ao longo da História, outras doenças também já deixaram o mundo em estado de alerta por conta dos óbitos descontrolados ou pela alta transmissão.
As vacinas foram responsáveis pela erradicação e controle dessas enfermidades.
No Brasil, a imunização em massa já foi responsável pela erradicação de doenças como a poliomielite e a varíola. Outras, como sarampo, rubéola, meningite, tuberculose, febre amarela e hepatite, foram controladas por meio de vacinas.
Segundo os órgãos de saúde, mais de 15 doenças são controladas através da imunização.
Tendo essa preocupação, já nos primeiros momentos de vida do recém-nascido, a imunização começa a ser colocada em prática para garantir que essas enfermidades não voltem a assombrar o país.
O Plano Nacional de Imunização (PNI), que existe desde 1970, propõe um calendário de vacinação com o objetivo de manter a saúde das crianças e evitar sequelas na vida adulta. Outro objetivo é confirmar que doenças extintas ou controladas continuem sem oferecer os mesmos riscos do passado.
“Nós não temos imunidade natural capaz de combater o sarampo, a coqueluche, paralisia infantil, entre outras doenças. A vacina ensina nosso corpo a fazer essa imunidade. Essa é uma forma tecnológica e moderna essencial para combater as patologias graves”, explica a médica infectologista do Grupo Hapvida Notredame Intermédica, Silvia Fonseca.
Cobertura vacinal
A profissional ainda reforça que, sem a vacinação, encarar algumas doenças é um ato arriscado e pode ser fatal. Por isso, vale cumprir todo o calendário vacinal e promover toda a segurança necessária para o bebê.
Essa preocupação se torna cada vez mais válida, a partir de dados preocupantes, como o divulgado pelo Ministério da Saúde, que aponta uma queda regular das coberturas vacinais desde 2015.
Ainda segundo o órgão, desde 2017, a meta de 95% da cobertura vacinal da poliomielite para crianças menores de um ano está cada vez mais difícil de ser atingida. Em 2021, por exemplo, a cobertura ficou bem distante da meta, cobrindo apenas 69,99% das crianças imunizadas.
Confira abaixo a lista das principais vacinas que devem ser aplicadas ao longo do primeiro ano de vida, sua importância e a ordem cronológica necessária:
– Nas primeiras horas de nascimento
BCG: Dose única aplicada para proteger contra tuberculose e a meningite tuberculosa.
Hepatite B: A primeira das três doses é aplicada logo nas primeiras 24 horas do nascimento e promove a proteção contra o vírus da Hepatite B.
– Com 2 meses
Pentavalente: Promove a proteção contra hepatite B, meningite, difteria, tétano e coqueluche. A segunda dose é tomada com 4 meses e a terceira dose no sexto mês.
Poliomielite (VIP): Mais conhecida como paralisia infantil, a poliomielite pode ser combatida com a vacina que é aplicada nos dois primeiros meses de vida do bebê. Mais duas doses são necessárias, no terceiro e quarto meses.
Pneumocócica conjugada: Essa vacinação tem como objetivo proteger o recém-nascido contra uma bactéria que pode causar meningite, pneumonia e a otite média aguda. A segunda dose é dada no quarto mês de vida e um reforço é aplicado com 1 ano.
Rotavírus: Neste período de vida, tem sua primeira dose aplicada para evitar problemas do aparelho digestivo.
– Com 3 meses
Meningocócica C Conjugada: Protege a criança de uma bactéria que pode ser fatal, a Neisseria Meningitidis do sorogrupo C. A segunda dose é dada aos 5 meses e um reforço entre o primeiro ano e o 4º de vida.
A partir do quarto mês o bebê começa a receber as segundas doses da vacina Pentavalente, Poliomielite (VIP), Pneumocócica Conjugada e do Rotavírus, e, no sexto mês é aplicada a 3ª dose da Pentavalente e Poliomielite (VIP), além da dose única contra a Influenza.
Os demais meses também são cobertos por vacinação, por isso, vale consultar o calendário vacinal e ficar atento às campanhas nacionais para seguir à risca a imunização.
“Pelo bem de nossas crianças e de nosso país, é importante promover a segurança e garantir o futuro através da vacinação”, conclui Silvia.