Alerta

Maranhão teve 10 mil casos Tromboembolismo venoso em 2021

Doença foi responsável por quase 10 mil internações no Maranhão, em 2021, segundo dados do SUS.

Perda de peso, terapia compressiva e repouso com os membros elevados podem aliviar os sintomas. (Foto: Reprodução)

Asubnotificação no número de casos relacionados ao tromboembolismo venoso (TEV) gera um sinal de alerta. De acordo com um levantamento do Sistema Único de Saúde (SUS), em 2021, a doença foi responsável por mais de 43 mil internações na rede pública.

Esse número pode ainda ser maior, pois nem sempre a doença é diagnosticada e durante a pandemia de Covid-19 a coleta de informações acabou sendo prejudicada. No Maranhão foram quase 10 mil casos em 2021.

O tromboembolismo venoso é caracterizado pela presença de um trombo ou um coágulo no sistema circulatório venoso. A condição pode se manifestar também como Trombose Venosa Profunda (TVP) que acomete uma veia profunda dos membros inferiores.

O desenvolvimento da doença está relacionado à falta de mobilidade, como ficar longos períodos sentados ou em pé, situações rotineiras em ambientes de trabalho, durante viagens demoradas e em pós-operatórios. 

“Mas há outros fatores de risco, que são TEV prévio, obesidade, insuficiência cardíaca e renal, doenças autoimunes, tabagismo, câncer, trauma, cateter venoso central, varizes nos membros inferiores, causas genéticas e doenças infecciosas como as infecções virais e bacterianas graves”, esclarece Rafael Mendonça, enfermeiro especializado em estomaterapia e habilitação em tratamento com laser de baixa frequência.

E quem sofreu trombose venosa profunda pode adquirir lesões como a úlcera venosa é classificada como a forma mais grave da Insuficiência Venosa Crônica, ela pode surgir espontaneamente ou após algum trauma na região de pés, tornozelo e pernas.

Além do impacto social e na qualidade de vida, outras complicações podem ocorrer, como uma infecção da úlcera, necrose, epíbole de bordas, formigamento, dormência, mau cheiro na lesão, maceração de bordas, aumento da quantidade de secreção e vermelhidão ao redor da ferida.

Sobre o tratamento

O tratamento da úlcera venosa envolve, tanto, medidas para melhorar o retorno do sangue ao coração, bem como cuidados locais com a ferida.

Segundo Rafael, a falha no retorno venoso nestes pacientes é tão importante que existe um represamento de sangue e linfa que ao longo do tempo danificam a pele e o tecido celular subcutâneo, então qualquer lesão na pele (até mesmo coçar as pernas) pode levar a úlcera. 

“Os principais sintomas são feridas abertas, secreção clara, secreção purulenta, dor e flogose. Presença de infecção ativa no sítio da úlcera, diabetes mellitus associada e a não adesão ao tratamento, podem ser agravantes”, explica a especialista.

O especialista, conta que após o diagnóstico, feito visualmente através do exame físico, cada paciente vai receber uma prescrição de curativo de acordo com as características da úlcera, o plano terapêutico é individualizado e ao longo do tempo o cirurgião vascular vai modificando o tipo de curativo até a pele estar novamente íntegra. 

“Os principais fatores de risco da úlcera venosa são Insuficiência Venosa Crônica, Trombose Venosa Profunda, Sedentarismo, Traumas locais, Obesidade mórbida e Perda da mobilidade do tornozelo”, alerta.

Para melhorar o retorno venoso, alterações de estilo de vida, como perda de peso, terapia compressiva repouso com os membros elevados… A terapia compressiva é fundamental no tratamento da úlcera venosa, sendo o pilar principal do tratamento não invasivo.

“A melhor forma de prevenir a úlcera venosa é tratar as varizes logo que você for diagnosticado ou perceber veias anormais em si mesmo. Além disso, deve seguir a prescrição do seu cirurgião vascular, especialmente o uso de meias compressivas e o tratamento da pele”, orienta.

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