A nova cepa

Confira o que já se sabe sobre a Variante Ômicron

As empresas começaram a desenvolver versões de seus imunizantes contra a nova cepa

Só em 2020 e 2021, a covid causou a perda de 336,8 milhões (Foto: Reprodução)

O se sabe até agora de forma efetiva é que a nova variante Ômicron é muito mais transmissível, mas que as pessoas não devem entrar em pânico com isso, segundo dados divulgados semana passada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Em entrevista na conferência Reuters Next, na última sexta-feira (3), Soumya Swaminathan, cientista-chefe da disse que a resposta certa é estar preparado e ser cauteloso e não entrar em pânico diante da nova variante.

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“Até que ponto devemos ficar preocupados? Precisamos estar preparados e cautelosos, não entrar em pânico, porque estamos em uma situação diferente de um ano atrás”, disse Swaminathan.

Mas muita coisa permanece desconhecida sobre a Ômicron, detectada pela primeira vez no sul da África no mês passado e com registros em pelo menos duas dúzias de países. Questões como quais os sintomas? Como ela é diagnosticada? Ou se as vacinas atuais são eficazes contra ela? têm levado a ciência na busca por respostas para esclarecer a real ameaça que a Ômicron representa.

Quais os sintomas mais comuns?

Segundo a presidente da Associação Médica da África do Sul e uma das primeiras a relatar casos da nova variante, Angelique Coetzee, os sintomas são “extremamente leves”. Segundo a médica, os pacientes que já atendeu não tinham, exatamente, dor de garganta, mas relatavam “garganta arranhando” e cansaço.

Segue lista dos sintomas já associados com a variante Ômicron:

  1. Tosse seca, dependendo do caso;
  2. Febre;
  3. Suores noturnos;
  4. Dores musculares;
  5. Cansaço;
  6. Garganta “arranhando”;
  7. Pulsação alta, dependendo do caso.

Como diagnosticar a nova variante?

A identificação da Ômicron se deu pelo sequenciamento genético do vírus, que apontou mutações que a fizeram ser diferente das demais cepas do coronavírus, mas ela é relativamente mais fácil de ser distinguida da Delta em testes de PCR, por exemplo. A Ômicron tem uma mutação que causa o que é chamado na genética de “drop-out do gene S”. Isso significa que uma das partes do vírus, que é identificada pelo teste PCR, não está presente nessa variante.

Dessa forma, testes que vierem com um resultado onde apenas duas partes foram identificadas, em vez de três, indicariam a infecção pela nova variante. Nesse caso, os testes podem ser usados como marcadores para esta variante, podendo ser confirmada posteriormente pelo sequenciamento do material genético do vírus.

A Ômicron é mais transmissível?

De acordo com a OMS, tudo indica que a Ômicron seja mais transmissível do que as outras variantes, incluindo a Delta, mas isso ainda não está definido.

Evidências preliminares sugerem que pode haver um risco aumentado de reinfecção com a Ômicron (ou seja, pessoas que já tiveram Covid-19 podem ser reinfectadas mais facilmente com a nova cepa), em comparação com outras variantes preocupantes. Por enquanto, as informações são limitadas e mais dados estarão disponíveis nos próximos dias e semanas, afirma a OMS.

As atuais vacinas funcionam?

Essa é uma das grandes dúvidas dos brasileiros. Não se sabe, ainda, se as vacinas são menos eficazes contra a Ômicron, mas existe esse risco devido às mutações encontradas na variante. A maioria delas, está na proteína spike, que é o principal alvo das vacinas disponíveis atualmente.

A nova cepa possui a mutação E484K, também encontrada na Beta. Essa mutação comprovadamente escapa aos anticorpos monoclonais e tinha a capacidade de escapar das atuais vacinas.

As principais desenvolvedoras dos imunizantes disponíveis — PfizerBioNTech, OxfordAstraZeneca, Moderna e Johnson & Johnson — já iniciaram testes para avaliar a eficácia de seus imunizantes contra a variante. Resultados são esperados em cerca de duas semanas.

Elas também já se adiantaram e começaram a desenvolver novas versões, destinadas à nova cepa. A Pfizer disse que pode ter um novo imunizante pronto em cerca de 95 dias.

A Jonhson & Johnson afirmou que irá desenvolver uma vacina contra a variante se for necessário e a Moderna pode levar uma versão atualizada de seu imunizante aos testes clínicos em humanos em até 90 dias.

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