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Capacitação para profissionais que atendem pacientes com hanseníase

As ações são referentes à Campanha do Janeiro Roxo, mês alusivo ao tratamento da hanseníase.

(Foto: Márcio Sampaio)

 Secretaria de Estado da Saúde (SES), através do Departamento de Epidemiologia/Programa Estadual de Controle da Hanseníase, realizou, na última semana, uma capacitação de profissionais para a atenção integral à pessoa acometida pela hanseníase no âmbito da Atenção Básica. Participaram do treinamento enfermeiros, médicos e fisioterapeutas de municípios do interior e das unidades de saúde que são referência secundária para a doença.  

“A atividade está sendo executada como prévia das ações referentes à Campanha do Janeiro Roxo, mês alusivo ao tratamento da hanseníase. O curso é uma oportunidade para a atualização clínica dos manejos realizados na detecção da doença, aliando teoria e prática como forma de qualificar a assistência e o serviço do profissional”, disse a secretária adjunta da Política de Atenção Primária e Vigilância em Saúde da SES, Waldeise Pereira.  

A capacitação promovida pela SES objetivou o fortalecimento das ações de educação, controle e tratamento nos municípios, capacitando os profissionais locais para que sejam multiplicadores, bem como para a correta execução de atividades como busca ativa, tratamento e referenciamento para unidades ambulatoriais do estado.  

De acordo com a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Hanseníase, Maria Raimunda Mendonça, oportunizar conhecimento prático contribui para um SUS mais resolutivo. “A hanseníase é mais que uma doença de pele, é também dos nervos. Por esse motivo é que, quando há um diagnóstico precoce, aliado ao tratamento eficiente e à equipe capacitada, as chances de uma evolução que cause deformidades é muito menor”, afirmou.  

Dentre os principais pontos discutidos durante a capacitação, estão os dados epidemiológicos e operacionais da hanseníase no Mundo, Brasil e no Maranhão; os aspectos clínicos, laboratoriais e o tratamento; a identificação e condução das neurites e estados reacionais; a rede atenção e de vigilância da hanseníase; o fortalecimento das ações de vigilância e prevenção de incapacidade das pessoas acometidas pela doença; discutir o processo de trabalho no âmbito da Atenção Básica.  

Com os profissionais capacitados, a expectativa é que eles possam desenvolver as habilidades conquistadas no treinamento, o planejamento de estratégias de busca sistemática de casos para tratamento, assim como a realização dos procedimentos para diagnóstico como teste sensibilidade das lesões e avaliação neurológica simplificada. A porta de entrada das pessoas com hanseníase são as Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos 217 municípios maranhenses.  

O médico Celso Moura, do município de Timbiras, classificou a iniciativa como positiva. “Por ser uma enfermidade complexa, a necessidade de uma boa clínica é essencial, ainda mais pelo fato de os pacientes acometidos não serem do tipo que se trata uma única vez, mas por sim por um período prolongado. Assim, é uma oportunidade para a reciclagem e também de aperfeiçoar o acompanhamento dispensado”, disse.  

Rafaela Machado é profissional médica do programa Mais Médicos que atua no município de Marajá do Sena e destacou a iniciativa como a chance de melhorar os serviços prestados pela Estratégia Saúde da Família. “Eu já trabalho diretamente com alguns pacientes diagnosticados e penso que o treinamento veio para me ajudar a colaborar ainda mais com o que já realizo. Além disso, servir como multiplicadora junto aos profissionais da equipe que faço parte, aperfeiçoa as buscas e o tratamento aos doentes”, contou.

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