O que é e como prevenir o melasma
Estudo da UNESP mostra que entre 15 e 35% das mulheres brasileiras adultas terão melasma. Saiba como fugir das estatísticas
Uma doença que está na sociedade brasileira, mas que se ouve falar pouco dela nos noticiários. Mesmo antes da pandemia causada pelo novo coronavírus, o Melasma nunca foi assunto recorrente quando analisamos as doenças que acometem a população, ainda que 35% das mulheres no país padeçam da enfermidade, segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
O melasma se caracteriza pelo aparecimento de manchas escuras na pele, via de regra na face. Isso não significa, no entanto, que a doença não pode se manifestar em outras partes do corpo, como pescoço, colo e também nos braços. Apesar do maior acometimento em mulheres, o melasma pode ser diagnosticado nos homens, então fique atento.
O melasma costuma aparecer por volta dos 30 anos e suas causas são um verdadeiro mistério para a comunidade médica. O que se sabe até o momento, após anos e anos de investigação, é que essas manchas derivadas da hiperpigmentação podem ser motivadas por aspectos variados.
Em quase todos os casos, manchas escuras ou acastanhadas aparecem na face, especialmente naquilo que conhecemos como as maçãs do rosto. Há casos também de aparecimento na testa, no lábio superior e também no nariz. As manchas têm formatos irregulares e bem definidos, sendo geralmente simétricas (iguais nos dois lados)
As causas ainda variam, mas há uma certa intuição dos médicos. Não é algo comprovado cientificamente, mas a predominância dos casos mostra que determinados biotipos tem uma predisposição à doença, como mulheres negras e asiáticas, diferentemente de mulheres brancas.
Outro fator importante é a exposição ao sol. Quando um corpo é exposto ao sol sem proteção, essa hiperpigmentação pode ganhar contornos dramáticos, já que a radiação desencadeia a produção de um hormônio que estimula o bronzeamento, inclusive nas áreas do melasma.
Além disso, processos hormonais sensíveis, como gravidez, tratamentos de fertilização ou uso contínuo de pílulas anticoncepcionais são apontados como os principais desencadeadores da doença, aliados ao vilão hormonal, o estrógeno, que quando produzido em maior quantidade aumenta os melanócitos. O stress, que eleva o nível de cortisol, também é considerado fator agravante.
Segundo pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp), a estimativa é de que o melasma acometa de 15% a 35% das mulheres brasileiras. Para evitar que essa enfermidade apareça na sua vida, é importantíssimo estar atento aos sinais do corpo e, em caso de problemas, procurar um dermatologista, profissional responsável pelos tratamentos com a pele.
Os tratamentos para o melasma variam, mas quase todas as estratégias passam pela proteção contra raios ultravioletas e à luz visível, especialmente no início do tratamento. Há ainda o uso de medicação e procedimentos de clareamento da pele, mas essas alternativas precisam ser validadas e acompanhadas a todo momento por um especialista.
Dentre os procedimentos mais realizados estão os peelings e aplicações de luzes ou lasers. É fundamental dizer que o tratamento do melasma prevê ações para clarear, estabilizar e impedir que o pigmento volte. Para ajudar na remoção das manchas, os tratamentos mais usados são à base de hidroquinona, ácido glicólico, ácido retinóico e ácido azeláico. Outra informação importante é que os resultados podem demorar até dois meses para aparecer.
Mas, antes de precisar do tratamento e de intervenção médica, é importante ficar atento às medidas de prevenção, que devem ser feitas diariamente. Proteja-se do sol, ainda que o dia esteja nublado ou mesmo chuvoso, utilizando filtros solares. Outra medida importante é a reaplicação do filtro solar, para manter a proteção adequada durante todo o dia. Para quem já possui o melasma, é importante utilizar chapéus, bonés e sombrinhas para evitar qualquer tipo de exposição.