Anvisa autoriza uso emergencial de medicamento contra COVID-19
O coquetel combina dois remédios experimentais e não será vendido em farmácias, com uso restrito para hospitais
Nesta terça-feira (20/4), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso emergencial de um medicamento contra a COVID-19, o segundo desde o início da pandemia – anteriormente, a Anvisa havia aprovado o uso do remdesivir.
O coquetel (Regn-CoV2) contém a combinação de dois remédios experimentais, o casirivimabe e o imdevimabe, que bloqueiam a entrada do vírus na célula, ambos desenvolvidos pela farmacêutica Roche.
O pedido para uso emergencial foi feito no dia 1º de abril. O coquetel, como é chamado, já foi aprovado para uso emergencial também em outros países, como Estados Unidos, Canadá e Suíça.
Com aplicação intravenosa, o medicamento será de uso restrito para hospitais, não podendo ser vendido em farmácias, e é indicado para adultos e pacientes pediátricos, com 12 anos ou mais que pesem no mínimo 40 kg, que não precisem de suplementação de oxigênio.
Além disso, o uso deve ser feito ainda no início da infecção, não sendo orientado para casos graves, haja vista a possibilidade de efeito adverso com o agravamento dos quadros clínicos já considerados como graves. Ainda, é importante ressaltar que o Regn-CoV2 não é preventivo, ou seja, não deve ser usado para evitar uma possível contaminação e, portanto, não substitui a vacinação como prevenção contra a infecção por COVID-19.
O remdesivir, aprovado pela agência em março também tem aplicação intravenosa, não é vendido em farmácia e pode ser utilizado apenas com supervisão médica. Diferentemente do novo coquetel, esse medicamento impede a replicação viral.
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.