MARANHÃO

Entidades não indicam a compra da Sputnik V

Documento assinado por Ministérios, SES, Secretaria Municipal de Saúde de São Luís e Famem alerta que imunizantes precisam ser aprovados pela Anvisa

Reprodução

Maranhão recebeu na tarde de ontem mais algumas doses de esperança na luta contra a Covid-19. Foram 66.800 novas doses da CoronaVac.

As vacinas chegam para imunizar pessoas de 80 a 84 anos, trabalhadores de saúde e pessoas de 75 a 79 anos, conforme o Plano Estadual de Imunização. Segundo o governo do estado, a distribuição dos imunizantes aos municípios começa a ser realizada ainda nesta semana.

Agora, com a chegada desse novo lote, o Maranhão já recebeu mais de 500 mil doses de imunizantes, entre AstraZeneca e CoronaVac, desde o início da campanha de imunização contra a Covid-19.

Para resolver falta de vacina

A preocupação com a falta de imunizantes, um dos recursos que pode frear a transmissão da Covid e de mortes no Brasil, fez com que fosse criada a Frente Nacional de Prefeitos, um consórcio público para aquisição de vacinas, caso o Plano Nacional de Imunização (PNI), coordenado pelo Ministério da Saúde, não seja capaz de suprir toda a demanda Governo Federal. A decisão foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Estão sendo avaliadas formas de financiar a aquisição dos imunizantes. Há três possibilidades principais: recursos do governo federal; financiamento por organismos internacionais e doações de investidores privados brasileiros. De acordo com FNP, na última atualização (dia 9), 2.229 prefeituras haviam feito a adesão. Do Maranhão, 21 prefeituras aderiram: Açailândia, Alto Parnaíba, Bom Jesus das Selvas, Buriticupu, Caxias, Cidelândia, Davinópolis, Governador Edison Lobão, Grajaú, Imperatriz, Itinga do Maranhão, João Lisboa, Montes Altos, Ribamar Fiquene, Santa Inês, Santa Rita, São Francisco do Brejão, São João do Paraíso, São Luís, Sítio Novo, Timon.

Porém, um documento assinado por representantes do Ministério Público do Maranhão, Ministério Público de Contas, Secretaria de Estado da Saúde, Secretaria Municipal de Saúde de São Luís e Federação dos Municípios Maranhenses, alerta que a compra de imunizantes diversos daqueles ofertados pela União, adquiridos por lideranças de governo, prefeituras e distrito, precisam ser aprovados pela Anvisa, e publica como exemplo, a “notícia de que administrações municipais maranhenses estariam recebendo propostas de empresas para supostamente intermediar a compra da vacina contra a Covid-19, notadamente SPUTNIK V, da Rússia, em evidente desconformidade com o contexto jurídico e sanitário acima referido, sugerindo a ocorrência de conduta ilegal”. A nota informa ainda que medidas de orientação e fiscalização serão adotadas para que a aquisição das vacinas contra a Covid-19 se dê em conformidade com a norma vigente, a partir dos parâmetros e diretrizes já destacados nas decisões recentes do Supremo Tribunal Federal.

Imunizantes em São Luís

Até ontem (10), a Prefeitura de São Luís estava com a vacinação para primeira dose suspensa. O estoque disponível, de pouco mais de 3 mil doses, estava garantido para aplicação em pessoas (profissionais de saúde da urgência e emergência de combate à Covid-19 da rede pública e privada, além de idosos), no Centro de Vacinação no Cohafuma e no Drive da UFMA.

De acordo com os dados de vacinação no estado, disponibilizados pelo painel Covid, o estado já aplicou 266.081 doses de vacina, com cobertura de 73,82%. Até ontem (10), dezessete municípios estavam com cobertura abaixo dos 60%. No decreto publicado pelo governador Flávio Dino no último dia 5, foi destacado que apenas os municípios que comprovarem o percentual acima de 60% em doses aplicadas voltarão a receber novas doses. Um caso que chama a atenção é de Amarante do Maranhão, município da regional de Imperatriz que aplicou apenas 2.618 doses, das 6.814 recebidas, o que equivale a 38,42%.

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