PANDEMIA

São Luís está caminhando para um novo pico de Covid-19, afirma especialista

Segundo o mapeamento, os atuais bairros com maior taxa de transmissão da doença são o Anjo da Guarda, Bairro de Fátima e o Anil

Proteger do coronavírus

(Foto: Divulgação)

São Luís está sofrendo uma reaceleração de casos de coronavírus. É o que diz um estudo do professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e médico epidemiologista, Antônio Augusto Moura Silva.

De acordo com o boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão (SES), a capital já contabiliza 14.159 casos confirmados e 940 óbitos por covid-19.

Divulgação: UFMA

Segundo Antônio Augusto Moura Silva, a tendência de diminuição de casos foi interrompida desde a semana passada.

Essa já é a segunda semana consecutiva que nós temos aumento no número de novos casos na ilha, praticamente confirmando que a doença novamente entrou em uma tendência de reaceleração de transmissão”.

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Com relação aos óbitos, o médico comenta que os picos aconteceram nos meses de maio e outro em junho. Porém, as mortes notificados no último mês seis são de outros dias, semanas e até meses. Isso acontece por conta do atraso no resultados do exame de pessoas que morreram com suspeita do vírus.

Novos bairros com mais aumento de casos

O Grupo de Estudos de Dinâmicas Territoriais (GEDITE), da UEMA, mapeou os bairros da capital que estão aumentando os casos de coronavírus depois da flexibilização do distanciamento social. Segundo o mapeamento, os atuais bairros com maior taxa de transmissão da doença são o Anjo da Guarda, Bairro de Fátima e o Anil.

Indo contrário a esse aumento, os bairros do Turu, Cidade Operária e Renascença tiveram uma diminuição de casos, apesar de ainda disporem dos maiores números de casos no total.

Taxa de transmissão do vírus (RT)

Divulgação: UFMA

O RT calcula a taxa de transmissão do vírus, que esteve diminuindo ao longo dos meses, tendo seu menor número em junho, chegando em – 1, respondendo as medidas de contenção, como lockdown, isolamento social e uso de máscara.

Segundo o epidemiologista, o RT abaixo de um poderia ser o sinal para a diminuição da pandemia, pois se uma pessoa infectada passa a doença apenas para uma pessoa, o vírus não cresce.

Porém, com o inicio da flexibilização do isolamento social, o RT voltou a crescer, sugerindo que a pandemia está voltando a ganhar força.

Cenário para a Ilha

De acordo com o médico, em curto prazo, não há risco de saturação dos serviços de saúde na capital. Porém, o uso de máscara e o distanciamento social de até 40% da população não será suficiente para fazer o RT ficar abaixo de 1, desse modo, a ilha está se locomovendo na direção de um segundo pico do coronavírus.

Situação atual de acordo com o boletim

Segundo informações do boletim epidemiológico, divulgado nesta sexta-feira (10), pela Secretária de Saúde do Maranhão (SES), o estado tem 96.718 casos confirmados de coronavírus e 2.392 óbitos. Nas últimas 24h, foram notificadas 35 novas mortes e 1.395 casos de Covid-19. O interior do estado contabilizou 1.263 novos casos, Imperatriz registrou 15 e a Ilha de São Luís teve 117.

Também segundo o boletim, dos mais de 96 mil casos confirmados, 18.756 ainda estão ativos. Desses, 17.974 estão em isolamento domiciliar, 444 internados em enfermaria e 338 em leitos de UTI.

O estado já contabiliza 75.570 pessoas recuperados do coronavírus. Ao todo, já foram realizados 202.658 testes.

De acordo com informações da SES, os 35 novos óbitos registrados, aconteceram nas seguintes cidades: Bacabal (1), Icatu (1), Codó (1), Santa Luzia (1), Mata Roma (1), São José de Ribamar (1), Chapadinha (1), Imperatriz (1), Viana (1), Araioses (2), Coelho Neto (2), Pedreiras (2), Açailândia (7) e São Luís (13).

Dos novos óbitos registrados no estado, 1 ocorreu nas últimas 24h, na cidade de Pedreiras. Os demais são todos em dias e/ou semanas anteriores que aguardavam o resultado do exame laboratorial para Covid-19.

O boletim informa também que, das pessoas que morreram, 62% são masculino e 38% feminino, a faixa etária com maior número de mortes é acima de 70 anos, com 87% apresentando comorbidades, sendo as principais hipertensão arterial e diabetes mellitus.

A evolução do número de casos da síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no estado continua em 19, estando presente na maioria dos casos o vírus da influenza B.

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