Novo coronavírus: estudo aponta que dexametasona pode reduzir mortes de pacientes graves
O medicamento faz parte do maior teste do mundo de tratamentos existentes para verificar se também são eficazes na luta contra o novo coronavírus.
Os primeiros resultados de um teste clínico britânico da Universidade de Oxford anunciado hoje (16), aponta que o tratamento com o corticoide dexametasona reduz em um terço o índice de mortalidade entre os pacientes mais graves do novo coronavírus.
O medicamento faz parte do maior teste do mundo de tratamentos existentes para verificar se também são eficazes na luta contra o novo coronavírus.
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Os autores do estudo clínico que recebeu o nome de Recovery, informaram que “a dexametasona é o primeiro medicamento que observamos que melhora a sobrevivência em caso de covid-19”. O medicamento foi aplicada em doses de 6 mg uma vez por dia em mais de 2 mil pacientes no Reino Unido que estavam em estado grave.
Os resultados apontam que uma morte seria evitada a cada 8 pacientes que respiravam com o auxílio de respiradores, ou para 25 pacientes que necessitem apenas do oxigênio durante o tratamento.
Pouco depois do anúncio, o governo britânico disse que o tratamento será usado imediatamente para tratar os pacientes afetados.
“O benefício em termos de sobrevivência é importante entre os pacientes que precisam de oxigênio. Para eles, a dexametasona deveria virar o tratamento base a partir de agora”, disse um dos coordenadores do teste Recovery, o doutor Peter Horby, da Universidade de Oxford
Dexametasona
A dexametasona é um glicocorticoide sintético que faz parte da classe dos corticosteroides. Tem poder altamente anti-inflamatório e imunossupressor.
O medicamento também pode ser usado em tratamentos intensivos e de curto prazo em casos de doenças reumatológicas, distúrbios da pele, alergias, transplantes, tumores e problemas oculares, pulmonares, gastrointestinais, neurológicos e sanguíneos.