SAÚDE

Em tempos de pandemia, conheça outras doenças que precisam de atenção

Em tempos de pandemia e isolamento social, não dá para esquecer de se prevenir de outras doenças que também são graves e podem ser fatais

Reprodução

A Prefeitura de São Luís iniciou, ontem, segunda-feira (8), a nova fase da campanha de vacinação contra Influenza H1N1. As ações, que prosseguirão até o dia 26 deste mês, terão como público-alvo profissionais das forças de segurança e salvamento, caminhoneiros, profissionais do transporte coletivo (motoristas e cobradores), portuários, pessoas com deficiência física, auditiva, visual, intelectual e múltipla, além dos chamados retardatários, ou seja, pessoas dos grupos anteriores que ainda não tomaram a vacina. No total, de acordo com o setor de imunização da pasta, até o dia 5 e junho mais de 293 mil doses foram aplicadas.

A cobertura vacinal obedecerá ao ordenamento alfabético e horários específicos nas 42 unidades de saúde e quatro escolas da rede pública. No total, de acordo com o setor de imunização da pasta, até o dia 5 de junho mais de 293 mil doses foram aplicadas na capital.

A gripe H1N1 tem os mesmos sintomas das outras versões do vírus influenza, como febre alta, mal-estar, dor de cabeça, espirros e tosse, e já contaminou até o dia 31 de maio, 66 pessoas no estado, com 10  mortes registradas, segundo a Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão. Do total de casos, 53 foram contabilizados em São Luís.

Comecei esse texto falando da vacinação da H1N1 porque nesse momento de pandemia e isolamento social, é fundamental manter o calendário de vacinação em dia para prevenção contra diversas outras doenças. Segundo a Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a interrupção na vacinação, mesmo que por um breve período, pode aumentar a probabilidade de surtos e o número de indivíduos suscetíveis à graves doenças imunopreveníveis como sarampo, meningite, pneumonia, coqueluche, entre outras.

Sobre a meningite, no estado, segundo a Secretaria de Estado da Saúde com base no levantamento epidemiológico do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), em 2019, foram confirmados 120 casos de Meningite no Maranhão. Neste ano, foram registrados, até abril, 14 casos confirmados.

Sobre isso, a Secretaria informou que “mantém contato constante com as Coordenações de Vigilância Epidemiológica dos Municípios e Unidades Regionais de Saúde para o acompanhamento de registro de casos de doenças transmissíveis, estando atenta às notificações, apoiando e executando ações de prevenção e controle”.

O sarampo, uma doença viral aguda potencialmente grave, principalmente em crianças menores de cinco anos de idade, desnutridos e imunodeprimidos.

 A transmissão do vírus ocorre a partir de gotículas de pessoas doentes ao espirrar, tossir, falar ou respirar próximo de pessoas sem imunidade contra o vírus sarampo.

Em 2020, foram notificados 2.184 casos suspeitos de sarampo, destes, foram confirmados 338 (15,5%) casos distribuídos em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Pará, Alagoas. No Maranhão, em 2019 foram registrados 8 casos, sem óbitos.

Fique atento ao calendário de imunização

Para muitos pode ser complicado procurar unidades e postos de saúde para manter o calendário de vacinação em dia, mas hoje, dia 9 de junho, Dia Nacional da Imunização, especialista destaca a importância de manter a vacinação. “Ano passado tivemos o ressurgimento de uma doença considerada controlada no país, o sarampo, acendendo um alerta sobre o risco da baixa cobertura vacinal da população brasileira. Agora, com a pandemia da Covid-19, estamos acompanhando novamente uma queda na vacinação e isso é preocupante. A imunização de rotina é considerada um serviço essencial e deve ser mantida, seguindo os protocolos de segurança, de distanciamento social e de higiene. Se abandonarmos a vacinação nesse período, as consequências podem ser surtos de doenças imunopreveníveis, aumento de morbidade e mortalidade e um crescimento da demanda nos hospitais”, alerta a dra. Bárbara Furtado, pediatra e gerente médica de vacinas da GSK.

A vendedora Ana Pereira Silva, mãe de Gabriel Silva, de 4 anos, levou o pequeno para vacinar contra o sarampo, mesmo com medo de sair às ruas, mas tomando todas as precauções. “Se tem vacina, é de graça, vale a pena a gente tomar todos os cuidados e completar a carteirinha dele. Morro de medo do meu filho adoecer porque não tomou vacina”, disse.

O Calendário Nacional de Vacinação, do Ministério da Saúde, disponibiliza gratuitamente, para os recém-nascidos até a terceira idade, 19 vacinas que protegem contra mais de 40 doenças.

Na rede privada estão disponíveis vacinas para a imunização de todas as faixas etárias, complementando o calendário vacinal do PNI.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), o não comparecimento de crianças aos postos e clínicas de vacinação para atualização da caderneta de vacinação, pode impactar nas coberturas vacinais e colocar a saúde de todos em risco. “Apesar de tudo que estamos vivendo hoje, nossas atividades diárias e o contato social em algum momento voltarão a existir. As crianças vão voltar a frequentar creches e escolas, e voltarão a ter contato com outras pessoas e crianças no dia-a-dia. Elas têm um maior risco de contrair doenças imunopreveníveis e, para que não fiquem desnecessariamente vulneráveis, e não tenhamos um aumento de casos e ressurgimento de doenças graves, precisamos que a imunização das crianças seja mantida. É preciso que os pais se conscientizem e mantenham todas as doses em dia, incluindo as doses de reforço vacinal”, conta dra. Bárbara.

O Ministério da Saúde orienta a vacinação das crianças de acordo com o calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e todas as vacinas recomendadas no PNI estão disponíveis gratuitamente nos postos de saúde pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Essas vacinas oferecem proteção para diversas doenças como poliomielite, coqueluche, hepatite, tuberculose, pneumonia, meningite, febre amarela, sarampo, gripe, entre outras.

Adolescentes – A mesma coisa pode acontecer com os adolescentes se eles deixarem de se vacinar. Atualmente, a rede pública de saúde e a rede privada disponibilizam aos adolescentes vacinas contra diversas doenças como meningite meningocócica, hepatites A e B, febre amarela, sarampo, caxumba e rubéola (através da vacina tríplice viral), difteria, tétano, coqueluche, além de HPV.

Adultos – Além das crianças, dos adolescentes e das gestantes, os adultos e os idosos também precisam se vacinar. Para este público, o Ministério da Saúde disponibiliza, por meio do PNI, as vacinas: hepatite B; dT (difteria e tétano); febre amarela; influenza (contra gripe) para pacientes com comorbidades, adultos entre 55 e 59 anos e idosos com mais de 60 anos; sarampo, caxumba e rubéola para adultos até 49 anos de idade; e pneumocócica para pessoas a partir de 60 anos com condições clínicas especiais. “A pneumonia, por exemplo, é uma infecção dos pulmões que os idosos com mais de 65 anos têm maior probabilidade de contrair. Com algumas vacinas como a da gripe, da coqueluche e a pneumocócica, esse público pode reduzir os riscos de contrair a doença e de ter complicações mais sérias e até hospitalizações”, alerta dra. Bárbara.

É preciso que os pais se conscientizem e mantenham todas as doses em dia, incluindo as doses de reforço vacinal

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