IBGE faz levantamento e dos leitos no Maranhão
Dados são do IBGE a partir do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde 2019 (DataSUS) e mapeia leitos de UTI, equipamentos e profissionais de saúde
O IBGE divulgou a distribuição de leitos de UTIs (unidades de terapia intensiva), respiradores, médicos e enfermeiros nos municípios maranhenses. Os dados têm por referência dezembro de 2019 e foram gerados em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para contribuir com as ações de enfrentamento à Covid-19.
Atualmente, segundo o Governo do Estado, para tratamento de pacientes infectados com o novo coronavírus, a rede hospitalar pública teve ampliação no número de leitos. Os hospitais da rede pública estadual do Maranhão ultrapassaram a marca de mil leitos exclusivos para pacientes com coronavírus. Em março, eram pouco mais de 200.
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Agora, são 1.015, quase cinco vezes mais. Os leitos estão espalhados por diversas regiões. Como a maioria dos casos confirmados está na Ilha de São Luís, é esta região que concentra a maior parte dos leitos: 672”, informou a Secretaria de Estado de Saúde.
No estado o número de casos de pacientes com Covid-19 ainda é crescente. Na Ilha, por exemplo, 97% dos leitos de UTI da rede pública estadual estão ocupados. Essa conta não inclui a rede municipal e a rede privada.
Na última segunda-feira (11), foram abertos na capital um ambulatório exclusivo para coronavírus (atrás do Carlos Macieira), com capacidade de realizar até 300 atendimentos por dia, e um hospital também dedicado a pacientes com Covid-19 (anexo do Nina Rodrigues). O Hospital de Campanha de São Luís tem 200 leitos e faz parte da política de ampliação de leitos para tratamento de pacientes diagnosticados com o novo coronavírus (Covid-19).
Rede privada
O levantamento feito pelo IBGE partiu do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde 2019 (DataSUS), que reúne as redes pública e privada, e das Informações de Deslocamento para Serviços de Saúde 2018, cujos dados foram antecipados pelo IBGE.
O Maranhão possuía, no ano passado, um dos menores índices de leito de UTI por habitantes do país. Esse indicador registrava 8 leitos por 100 mil habitantes no estado, o mesmo índice verificado no Pará e no Tocantins.
Os números eram superiores apenas aos de Roraima, que apresentou índice de 4 leitos de UTI, o menor do país; do Amapá e do Acre, com 5 leitos; e no Amazonas e no Piauí, com 7. Já a Unidade da Federação que registrou o maior número de leitos de UTI, fundamentais para o atendimento de pacientes graves com Covid-19, foi o Distrito Federal, com 30 leitos por 100 mil habitantes.
A capital São Luís apresentou índice de 32 leitos por 100 mil habitantes. O município de Imperatriz, com 40 leitos, registrou o maior índice do estado. Dos 217 municípios maranhenses, 206 não possuíam leitos de UTI, em dezembro de 2019.
Número de respiradores é baixo no estado
O cruzamento de dados também revela a distribuição de respiradores, equipamentos que realizam ventilação mecânica em pacientes com dificuldades respiratórias graves, nas unidades de saúde do país. O Maranhão possui um dos índices mais baixos, com 13 respiradores por 100 mil habitantes.
O Piauí apresentou o mesmo índice (13). O índice dos dois estados só é maior que o registrado no Amapá (10). Distrito Federal lidera, com 63 respiradores por 100 mil habitantes.
No Maranhão, apenas 65 municípios dispunham desse equipamento. Os outros 152 municípios maranhenses não possuíam respiradores. São Luís apresentou índice de 48 respiradores por 100 mil habitantes, o maior do estado. O mesmo índice foi registrado nos municípios de Matões do Norte e Turiaçu.
No último dia 7, o Maranhão recebeu uma carga de 44 respiradores comprados pela Secretaria da Saúde.
De acordo com o governo, em três semanas, o Maranhão trouxe 255 unidades de um equipamento que vem sendo disputado intensamente em todo o planeta, porque são essenciais para equipar UTIs e salvar vidas de pacientes com coronavírus.
O aparelho é usado quando o paciente está com insuficiência respiratória, pois controla a pressão do ar para dentro dos pulmões, garantindo a chamada troca gasosa.
Segundo governo do estado, são 800 respiradores a mais dentre os que já havia no sistema de saúde e há ainda novos aparelhos para serem recebidos.
Médicos e enfermeiros por habitante
Em 2019, o Maranhão e o Pará registraram os menores indicadores, 81 e 85 médicos por 100 mil habitantes, respectivamente.
O Distrito Federal possuía a melhor distribuição de médicos do país, com 338 profissionais por 100 mil habitantes. O maior índice, dentre as cidades maranhenses, foi registrado na capital, com 206 médicos por 100 mil habitantes; seguido por Imperatriz, com 183. No indicador enfermeiro por habitante, o Maranhão também figura entre as Unidades da Federação com os números mais baixos.
O Estado tem o 6º menor índice do país: 106 enfermeiros por 100 mil habitantes.
Já dentre os municípios do Maranhão, o maior índice foi verificado em São Luís (216), seguido por Presidente Dutra (213) e Imperatriz (184). Presidente Médici, com 14 enfermeiros por 100 mil habitantes, apresentou o índice mais baixo do estado.
*Com informações da assessoria.