Novos dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (14/5) mostram que 199.768 profissionais da saúde já foram afastados pela suspeita de covid-19 no Brasil. Em 31.790 desses trabalhadores da linha de frente, a infecção foi confirmada. O diagnóstico de 114.301, ou seja, 57,2% desse montante, ainda está sob investigação. Outros 53,677 apontaram negativo para o vírus. O ministério não divulgou o número de profissionais que morreram por causa da doença. 

A maioria dos profissionais que foram afastados com suspeita da doença são técnicos e auxiliares de enfermagem e enfermeiros, justamente aqueles que mais mantém o contato com os pacientes. Juntos, as duas categorias representam 51,1% dos afastados. Outros 26,5 mil médicos também foram afetados.

Os dados inéditos foram tirados do eSUS Notifica, sistema implementado desde o começo da pandemia. O sistema está presente em todas as unidades da federação exceto Paraná e Espírito Santo, que têm sistemas próprios, mas que serão integrados nos próximos dias, de acordo com a pasta. 

O secretário substituto de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, explica que o número de afastamentos preocupa o Ministério da Saúde “O trabalho que tem sido feito pelos profissionais de saúde no enfrentamento ao coronavírus tem nos preocupado bastante, principalmente devido ao número de afastamentos, porque, independente de confirmados ou não os casos, todo profissional de saúde que apresenta sintomas precisa ser afastado do trabalho naquele período para se observar e prevenir a transmissão intra-hospitalar”, afirmou.