CORONAVÍRUS

Vídeo: Em situação crítica, Amazonas faz valas coletivas para mortos por Covid-19

A rotina de sepultamento no Amazonas passou de 30 para mais de 120 por dia, covas coletivas têm capacidade para abrigar até 10 corpos

Reprodução

O número de mortos por coronavírus em Manaus tem feito a prefeitura da capital do Amazonas abrir valas comuns em cemitérios para enterrar as vítimas fatais da infecção. Na cidade, há covas coletivas destinadas a até 10 pessoas. O mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde aponta que, em todo o estado, já foram contabilizadas 193 baixas ocasionadas pela doença. O índice de letalidade, que é de 8,5%, está cerca de dois pontos percentuais acima da média nacional.

Um vídeo publicado mostra o procedimento adotado pelos coveiros da cidade durante um dos enterros coletivos. Dez caixões são colocados lado a lado em uma cova e, depois, cobertos por terra. 

Segundo o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), o número de pessoas que morreram sem conseguir internação para tratar a doença cresceu 36,5% em apenas um dia. “Está se caracterizando um certo colapso das possibilidades de atender”, afirmou nas redes sociais, atualizando que a quantidade de sepultamentos mais que triplicou em meio à pandemia: em períodos sazonais de gripe, o principal cemitério da cidade tem demanda diária entre 20 e 35 enterros.

“Um dia, bateu em 66, depois 88, ontem (segunda-feira), 121. Hoje (ontem), foram 106.” Com o aumento, o sistema funerário está sobrecarregado e, para lidar com a situação, foi criado um comitê de crise para óbitos. No cemitério Parque Tarumã, na zona norte de Manaus, enterros já ocorrem em valas coletivas.

Amazonas é o estado com maior número de mortos e infectados por 1 milhão de habitantes. O coeficiente chegou a 521, enquanto a média gira em torno de 180. Em relação aos óbitos, o índice é de 45, nove vezes superior à média nacional. Manaus também lidera o ranking entre as capitais, com coeficiente de mortalidade em 72.

No Pará, 97% dos leitos de UTI estão ocupados, e, na capital, não há mais vagas. Em Belém, o colapso do sistema não exclui a rede particular, como disse o prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB), em coletiva. As quatro UPAs da capital estão funcionando no limite de capacidade. Procurando solução, o governo de estado intensificou o ritmo de trabalho nas obras do Hospital Regional de Castanhal. A expectativa é a de concluir, esta semana, mais um andar do prédio e, com isso, instalar 60 novos leitos.

O estado aguarda a chegada de 400 respiradores para transformar leitos de enfermaria em unidades intensivas. Os equipamentos e mais 1,6 mil bombas de infusão foram comprados da China e devem ser enviados ao Brasil no sábado.

O cenário atual do Amazonas e do Pará serve como alerta a outros estados, que já estão próximos ou chegaram à capacidade máxima no Sistema Único de Saúde (SUS). Casos de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Ceará, as outras quatro unidades que lideram o ranking de infecções no Brasil. Em todos, o número de pessoas que perderam a vida para a doença passa de 200.

*Com informações retiradas dos sites Correio Braziliense e Estado de Minas

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