Parkinson: primeiros sinais e como funciona o tratamento
O Dia Nacional do Parkisoniano busca levar conscientização sobre a importância da prevenção e tratamento da doença
Hoje, 4 de abril é o Dia Nacional do Parkisoniano. A data busca levar conscientização e esclarecimentos sobre a importância da prevenção e tratamento da doença. O Parkinson é uma condição degenerativa do sistema nervoso central, que, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), atinge 1% da população mundial acima de 65 anos.
Uma das hipóteses é de que a doença tenha origem genética, mas também seja influenciada por fatores ambientais, como exposição a agrotóxicos e níveis de ácido úrico baixos no organismo.
O Parkinson está associado à diminuição da produção de dopamina, um neurotransmissor que atua no envio de mensagens para as partes do cérebro que controlam os movimentos e a coordenação.
Sintomas
É cientificamente comprovado que homens são mais propensos a desenvolver a doença de Parkinson do que mulheres. Os sintomas mais conhecidos, que são os tremores e a rigidez dos músculos não são os únicos e surgem já em fase mais avançada da doença. Veja os outros sintomas do Parkinson:
- Inclinação do corpo para frente
- Passos mais curtos
- Redução do movimento natural dos braços ao andar
- Diminuição ou desaparecimento de movimentos automáticos (como piscar)
- Tendência a babar
- Dificuldade de engolir
- Falta de expressão no rosto (aparência de máscara)
- Dores musculares (mialgia)
- Dificuldade para começar ou continuar o movimento, como começar a caminhar ou se levantar de uma cadeira
- Perda da motricidade fina (a letra pode ficar pequena e difícil de ler, e comer pode se tornar mais difícil)
- Tremores que desaparecem durante o movimento
Também há a presença de sintomas não-motores, como:
- Intestino preso e constipação
- Voz para dentro, mais baixa e monótona
- Ansiedade, estresse e tensão
- Confusão mental
- Demência
- Depressão
- Desmaios
- Alucinações
- Perda de memória
Ao perceber os esses sinais, deve-se consultar um médico neurologista para confirmar o diagnóstico.
Prevenção
A atividade física é a maneira mais eficiente para prevenir e combater a doença, segundo pesquisa realizada pela Harvard Health Letter, publicação que traz informação e diretrizes sobre temas de saúde da Universidade Harvard.
A pesquisa mostra que quem pratica atividade física aos 30 e 40 anos de idade, cerca de duas a três décadas antes da doença tipicamente se instalar, pode diminuir em 30% o risco de desenvolver a doença. As atividades físicas ajudam na oxigenação do cérebro, deixando-o mais ativo e facilitando a renovação dos neurônios.
Estudos científicos também mostram que, mesmo após a doença já ter se manifestado, os parkinsonianos que praticam atividades físicas regulares conseguem aumentar sua autonomia por mais tempo e reduzir a velocidade da progressão dos sintomas, como falta de flexibilidade e desequilíbrio.
Os exercícios mais indicados são aqueles que fortalecem o sistema cardiovascular, aumentem a flexibilidade e estimulem os músculos.
Outra recomendação é a alimentação saudável, com alimentos antioxidantes, que abastecem o organismo com substâncias importantes para o equilíbrio do corpo.
Assim como os músculos, a mente também precisa ser estimulada. Estudar uma outra língua, ler frequentemente e desafiar o cérebro com tarefas que parecem difíceis como desenhar ou fazer um cálculo também são formas interessantes de estímulo. A convivência social é outra importante ferramenta para manter o cérebro sadio.