Fecomércio divulga orientações aos comerciantes
Saiba como anda a movimentação e como as lojas se preparam para o coronavírus
Com a atual situação de quarentena, os estabelecimentos estão alterando o seu funcionamento e tomando medidas para evitar e prevenir o coronavírus. E uma das principais dúvidas é com relação ao comercio de São Luís.
O jornal O Imparcial resolveu ir até a Rua Grande, principal comércio de São Luís, para ver como está o movimento e o que os comerciantes esperam.
Conversamos com a Thaynara Sereno, farmacêutica e gerente da farmácia globo na Rua Grande. Segundo ela, a situação atual já era prevista e a procura pelo álcool em gel, vitamina C, máscaras e antigripais aumentou significativamente.
Esses são os produtos que estão topo da lista de qualquer cliente. Porém, a falta do álcool em gel e máscaras é um problema constante. “A gente percebe pelo cliente que vem procurar que ele não está encontrando em nenhuma rede de farmácia. Eu acredito que seja algo relacionado à distribuidora, as poucas unidades que recebemos esgotam rapidamente”, explicou a farmacêutica.
O jornal investigou e realmente nenhuma farmácia da Rua Grande tinha álcool em gel disponível para venda, todos afirmavam que estavam sem estoque e que não existia uma previsão de chegada. “Hoje eu recebi um cliente que disse que veio do João Paulo [outro bairro da capital] e não estava achando, ele disse que passou o caminho inteiro parando nas farmácias e nenhuma possuía o produto”, afirmou Thaynara.
Uma das maiores preocupações dos clientes quando se procura por esses itens, considerados essenciais nos dias de hoje, é se o preço vai continuar o mesmo ou vai ter um aumento. A gerente da Globo afirmou que a farmácia mantém o mesmo valor independente da unidade ou da falta do produto.
Porém, mesmo com esse aumento de procura e circulação das farmácias, não é todo mundo que está se aproveitando das oportunidades.
Conversamos com Rilbert Soeiro, gerente da Loja Globo Calçados, que afirmou que que as vendas estão baixas para todos os comerciantes da Rua Grande, com exceção das farmácias, e que deve diminuir ainda mais por razão da quarentena. “Mesmo com essa quarentena, os lojistas devem apelar para promoções e descontos, já que esse é o nosso ganha pão”, disse o gerente.
Em todas as lojas que entramos o procedimento era o mesmo: álcool em gel e um certo afastamento do cliente, instrução recebida por todos os funcionários. Uma manobra para evitar o coronavírus.
A Fecomércio liberou uma nota explicando as orientações aos lojistas, principalmente com relação a estoque de produtos. Já que a tendencia é diminuir o número de pessoas circulando, comprar muito material não faria sentido.
Confira a nota na íntegra:
“A Confederação Nacional do Comércio (CNC) e Fecomércio-MA alertam que os comerciantes devem acompanhar ainda mais de perto a rotatividade dos estoques e o ritmo das vendas. No cenário de preços mais baixos, mas com possível queda na confiança dos consumidores, deve-se evitar estoques elevados.
A renegociação de prazos com fornecedores é recomendável para melhorar os fluxos de caixa. Além de cortes temporários de despesas consideradas supérfluas, o esforço maior para aproximar os vencimentos de despesas com as receitas também auxiliará no caixa das empresas.
No dia a dia dos estabelecimentos, lojas e empresas, os funcionários e colaboradores devem ser orientados a observarem com atenção o movimento de pessoas, utilizarem álcool em gel após contato e atendimento aos clientes.
Também é importante observar o movimento de consumidores nas lojas e estabelecimentos. Caso necessário, recomenda-se ajustar a jornada de trabalho dos funcionários, pois os custos com a mão de obra também podem ser reduzidos.”
Fecomércio