Primeiro paciente a morrer no Brasil não viajou ao exterior
Vítima se enquadra em um caso de transmissão comunitária, quando não há como detectar a origem do vírus
Após confirmar a primeira morte por causa do novo coronavírus no Brasil, o Governo de São Paulo afirmou, nesta terça-feira (17), que o homem de 62 anos que faleceu não havia viajado para o exterior e se enquadra em um caso de transmissão comunitária, quando não há como detectar a origem do vírus.
De acordo com José Henrique Germann, secretário de Saúde do estado de São Paulo, será necessário reforçar as medidas de prevenção. “Temos que reforçar cada vez mais as medidas de prevenção principalmente por se tratar de um óbito comunitário”, avaliou. O paciente de 62 anos é um morador de São Paulo, que tinha história de hipertensão e diabetes. Ou seja, estava dentro do grupo de risco.
De acordo com o infectologista e coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo, David Uip, a evolução do caso deste paciente foi rápida. O homem apresentou os sintomas da doença na última terça-feira (10), foi internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no sábado (14) e faleceu nessa segunda-feira (16/3). “Esse caso mostra uma evolução rápida. Nós estamos vendo que o período de incubação é mais curto. A média é de 3 a 8 dias”, apontou.
Até o momento de acordo com o governo de São Paulo, 80% dos casos confirmados no estado são leves e 20% tiveram que ser internados. O Governo de São Paulo não soube precisar quantos pacientes estão em estado grave, mas estima que cerca de 5% dos casos confirmados estejam nessa situação. Em São Paulo, de acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, há 162 casos confirmados, sendo 154 na capital e o restante na grande São Paulo.