SAÚDE

Casos de leptospirose aumentam 113% no Maranhão

O período chuvoso é a época do ano quando há mais ocorrências, por causa do risco de contaminação nas áreas alagadas pelas chuvas

Reprodução

Nos últimos dois anos, o número de casos de leptospirose mais que dobrou no Maranhão. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde. Foram 15 casos em 2018 e 32 em 2019, um aumento de 113%.

Os sintomas da doença podem levar até um mês para aparecer, mas geralmente ocorrem depois de uma ou duas semanas que a pessoa foi contaminada. Ainda segundo o ministério, em 40% dos casos mais graves da doença, o paciente não resiste e morre.

A doença pode ser assintomática. Quando se instalam, os sintomas são febre alta que começa de repente, mal-estar, dor muscular (mialgias) especialmente na panturrilha, de cabeça e no tórax, olhos vermelhos (hiperemia conjuntival), tosse, cansaço, calafrios, náuseas, diarreia, desidratação, exantemas (manchas vermelhas no corpo), meningite.

Em geral, a leptospirose é autolimitada, costuma evoluir bem e os sintomas regridem depois de três ou quatro dias. Entretanto, essa melhora pode ser transitória. Icterícia, hemorragias, complicações renais, torpor e coma são sinais da forma grave da doença, também conhecida como doença de Weil.

Quanto antes for instituído o tratamento da leptospirose, maior será a chance de evitar a evolução para quadros mais graves da doença, que sempre requerem internação hospitalar.

A conduta inclui cuidados com a hidratação, uso de antibióticos, entre eles a penicilina, e de medicamentos para aliviar os sintomas. No entanto, devem ser evitados aqueles que contêm ácido acetilsalicílico, porque aumentam o risco de sangramentos.

A vacina só está disponível para ser aplicada em animais. Mesmo assim, embora evite que fiquem doentes, não impede que sejam infectados pela Leptospira nem que transmitam a bactéria pela urina.

O período chuvoso é a época do ano quando há mais ocorrências, por causa do risco de contaminação nas áreas alagadas pelas chuvas. A doença é transmitida principalmente pela urina dos ratos. Os especialistas alertam que andar em áreas alagadas é um grande risco para saúde porque aumenta a chance do contato com a urina do rato.

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