Saiba o que é a febre hemorrágica, que apareceu depois de 20 anos
Entenda o que é a doença, os primeiros sintomas e tratamento.
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A febre hemorrágica é uma doença rara de alta letalidade e que ressurgiu no Brasil após 20 anos sem registro de novos casos. Um homem morreu no estado de São Paulo, no último dia 11, após apresentar os primeiros sintomas.
Existem registros na literatura científica de quatro casos da doença chamada febre hemorrágica brasileira, causada por um arenavírus da espécie Sabiá. Mas o caso confirmado pelo Ministério da Saúde foi causada por um novo vírus 90% similar a esse arenavírus Sabiá.
Como acontece?
A infecção por arenavírus se dá por meio da inalação ou ingestão de partículas de urina, fezes ou saliva de roedores silvestres infectados. Também pode ocorrer por meio de mordidas dos bichos.
A transmissão dos arenavírus de pessoa a pessoa pode ocorrer quando há contato muito próximo e prolongado ou em ambientes hospitalares por meio de contato com sangue, urina, fezes, saliva, vômito, sêmen e outras secreções
Sintomas
Segundo o Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, entre a exposição ao vírus e o início dos sintomas podem-se passar de 5 a 21 dias, com a maioria dos casos acontecendo no período de 6 a 14 dias. Os primeiros sintomas são febre, mal-estar, dores musculares, dor epigástrica e retro-orbital, dor de cabeça, tonturas, sensibilidade à luz e constipação.
Tratamento
O tratamento para febre hemorrágica deve ser orientado por um clínico geral ou um infectologista, mas, geralmente, é feito em isolamento no hospital com transfusões de sangue e remédios analgésicos na veia, para controlar o sangramento e os sintomas.
Histórico
O arenavírus brasileiro foi catalogado pela primeira vez nos anos de 1990 e leva o nome de Sabiá, bairro da cidade de Cotia (SP) onde foi descoberto. No entanto, ainda não se sabe se o tipo que apareceu agora é o mesmo, embora haja 90% de similaridade genética, de acordo com o Ministério da Saúde.
Os arenavírus são uma família viral antiga e conhecida por provocar doenças semelhantes nas Américas e na África. Países como Argentina e Bolívia costumam ter maior incidência de casos.
