MARANHÃO

Maranhão desativou 995 leitos pediátricos

Dados são da Sociedade Brasileira de Pediatria, que fez levantamento da situação do país de 2010 a 2019, sendo que no Maranhão mais de 990 leitos foram desativados

Reprodução

O levantamento mostrou ainda que no Maranhão o déficit é de 285 leitos de UTI neonatal. A taxa de oferta de leitos para cada 1 mil nascidos vivos é de 1.48 (167 leitos, sendo 132 pelo SUS). A taxa de óbitos no neonatal é de 11.2 a cada 1 mil nascidos vivos, segundo a pesquisa. Em 2017 foram 1.267 óbitos. Segundo o Departamento Científico de Neonatologia da SBP, a proporção ideal de leitos de UTI neonatal é de no mínimo quatro leitos para cada grupo de mil nascidos vivos.

A pesquisa revelou que, nos últimos nove anos, o Brasil desativou 15,9 mil leitos de internação pediátrica, aqueles destinados a crianças que precisam permanecer no hospital por mais de 24 horas. Segundo a SBP, dados obtidos no Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (CNES), mantido pelo Ministério da Saúde, indicam que em 2010 o país dispunha de 48,8 mil leitos no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2019, segundo dados relativos ao mês de maio, o número baixou para cerca de 35 mil.

Nas unidades privadas também houve queda. A pesquisa mostra que os leitos disponíveis nos planos de saúde ou em unidades privadas caíram em 2.130 no mesmo período, com 19 estados perdendo leitos pediátricos nessa rede. O Maranhão foi o terceiro estado que mais teve queda, com 217 leitos a menos. São Paulo desponta com a maior queda: ao todo foram 762 unidades encerradas, seguido do Rio Grande do Sul (-251).

Segundo a presidente da SBP, Luciana Rodrigues Silva, esses dados refletem o panorama de limitações e precária infraestrutura que se apresenta àqueles que diariamente atuam nos serviços de assistência pediátrica. “A queda na qualidade do atendimento tem relação direta com recursos materiais insuficientes. Essa progressiva redução no número de leitos implica obviamente em mais riscos para os pacientes, assim como demonstra o sucateamento que se alastra pela maioria dos serviços de saúde do país”, disse.

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